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Oportunidade para CPI investigar mais ainda, diz Tales Faria sobre recesso

Cúpula da CPI da Covid, senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros - Marcos Oliveira/Marcos Oliveira/Agência Senado
Cúpula da CPI da Covid, senadores Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros Imagem: Marcos Oliveira/Marcos Oliveira/Agência Senado

Colaboração para o UOL

16/07/2021 12h32

As sessões da CPI da Covid estão suspensas durante o recesso parlamentar e serão retomadas em 3 de agosto. Mas, para o colunista do UOL Tales Faria, essa é uma boa oportunidade para os senadores "investigarem mais ainda" e se debruçarem sobre os documentos e provas enviados à Comissão.

"Lá eles têm um índice recorde de documentos, que foram requeridos e já chegaram. Estão na sala-cofre, alguns confidenciais, outros não. E é dali que sai, de fato, a investigação bruta. Mais até que os depoimentos", disse, em participação no UOL News da tarde de hoje.

Para Tales, a expectativa é de que até a volta dos depoimentos, os senadores possam se dedicar a investigar "como o governo agiu durante a pandemia". O colunista lembrou que, sem as atividades diárias, podem diminuir as notícias sobre a CPI.

"Mas tem tanto escândalo que já foi levantado, tanta questão que já foi levantada, que isso alimenta mais que os 15 dias de recesso", avalia, e completa: "não creio que atrapalhe, creio que ajude a investigação".

Alguns senadores já adiantaram que a análise de quebras de sigilo e o cruzamento de dados recebidos serão a prioridade nos próximos dias.

Além disso, a expectativa para agosto é de ouvir, com prioridade, o sócio-administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano - empresa que intermediou junto ao Ministério da Saúde, a compra da vacina indiana Covaxin. Com suspeitas de irregularidades e corrupção, o caso é um dos focos de investigação da CPI.

A comissão, que tinha prazo final para 7 de agosto, foi prorrogada por mais três meses. Com isso, os trabalhos podem acontecer até o início de novembro.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.