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'Fui atropelado por um trem', diz Ramos sobre demissão da Casa Civil

O general Luiz Eduardo Ramos também já ocupou a Secretaria de Governo, hoje chefiada por Flávia Arruda - Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo
O general Luiz Eduardo Ramos também já ocupou a Secretaria de Governo, hoje chefiada por Flávia Arruda Imagem: Frederico Brasil/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

21/07/2021 19h20Atualizada em 22/07/2021 08h43

O atual ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, confirmou à colunista do Estadão Eliane Cantanhêde que foi comunicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que deixará o cargo. Ele, porém, disse que a demissão o pegou de surpresa.

"Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem", afirmou brincando à colunista.

O general contou que passou um bom tempo com o presidente quando ele voltou para o Palácio do Planalto após ter passado alguns dias internado em São Paulo. Na ocasião, porém, nada foi mencionado sobre a substituição, segundo Ramos.

O atual ministro-chefe da Casa Civil também confirmou que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) será o novo titular da pasta, mas disse não ter sido informado sobre a possibilidade de passar para a Secretaria-Geral da Presidência, posto atualmente ocupado por Onyx Lorenzoni. As duas trocas vem sendo noticiadas pela imprensa.

Ramos é tido como um dos mais leais ministros de Bolsonaro, além de amigo do presidente. Ao conversar com Eliane Cantanhêde, ele mostrou disposição para continuar no governo: "O presidente é ele, eu sou soldado, cumpro missão. Aprendi, em 47 anos de vida militar, que soldado não escolhe missão. Se ele me der outra no governo, eu aceito".

Ramos nega que ele esteja sendo substituído por incompetência e foi categórico ao afirmar que o motivo da troca é político.

Eu estava, aliás, ainda estou muito feliz na Casa Civil e dei o melhor de mim. Tanto que estou recebendo telefonemas de parlamentares de vários partidos, em solidariedade. Se eu estivesse sendo trocado por alguém formado em Oxford, ou Harvard, tudo bem, poderiam dizer que falhei. Mas é por um político aliado do presidente, é assim que funciona".