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Após atos no RJ e no DF, Bolsonaro volta a defender voto impresso em SP

Manifestantes pró-governo e a favor do voto impresso já estão na Avenida Paulista esperando o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Um telão está montado no local Imagem: José Dacau/UOL

Do UOL, em São Paulo, em Brasília e no Rio

01/08/2021 14h31Atualizada em 02/08/2021 08h59

Um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao voto impresso auditável, hoje, ocupou parcialmente a Avenida Paulista, uma das mais importantes de São Paulo. Mais cedo, manifestantes se reuniram em outras cidades do país, como Brasília, Rio de Janeiro e Salvador.

O presidente discursou por meio de videochamada para os participantes dos atos em Brasília, no Rio e em São Paulo. Apesar dos ataques de Bolsonaro e seus apoiadores, nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção da urna eletrônica.

Na capital paulista, a concentração começou por volta das 13h em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Na esquina da Paulista com a rua Pamplona, havia um caminhão de som e um telão. Muitos manifestantes não usavam máscara e alguns estavam com a proteção no queixo. Especialistas e autoridades em saúde recomendam o uso do acessório para evitar a transmissão da covid-19.

Logo no início do ato, os manifestantes cantaram o hino nacional brasileiro. Em seguida, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) subiu no caminhão de som para defender o voto impresso auditável nas eleições de 2022. O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também estava no local.

Petistas, se no ano que vem vocês perderem a eleição para o Bolsonaro, vocês não vão querer contabilizar os votos? Oras, a gente está defendendo até o direito de vocês perderem com honra. Mas o que eles querem é ou ganhar na mão grande, ou se perder dizer que foi a urna eletrônica que teve fraude.
Carla Zambelli, deputada federal (PSL-SP)

Por uma videochamada, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) autora da PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso, também participou da manifestação e afirmou que o ministro Luís Carlos Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) articulou para barrar o voto impresso. Barroso já defendeu publicamente o processo eleitoral vigente.

"Quando aprovei essa PEC 135 na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania], por 33 a 5, uma maioria absoluta. Com a mudança, para comissão especial, também começamos com larga vantagem. Mas com o ministro Barroso entrando em campo, TSE entrando em campo para impedir voto impresso auditável, trocaram os integrantes da comissão. É regimental? É. Mas, ao mesmo tempo, é absurdo", disse ela, em referência à aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ em 2019.

A PEC está, agora, sob avaliação de uma comissão especial na Câmara. A apreciação do tema ficou engavetada pelo ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ). Mas o atual, Arthur Lira (PP-AL), em sinal do seu compromisso com o presidente Jair Bolsonaro, autorizou a formação da Comissão Especial para tratar do voto impresso.

Bolsonaro, que já havia feito discurso virtual para participantes de outros atos, também apareceu em uma videochamada para quem estava na Avenida Paulista. Novamente, defendeu o voto impresso e incitou os apoiadores a "lutar" por "eleições limpas".

Quero parabenizá-los pela iniciativa de irem às ruas e lutarem por liberdade e eleições limpas. É apenas o direito de vocês. É obrigação do estado proporcionar uma eleição que tenha a contagem pública dos votos bem como se apresente uma forma de auditá-los. E isso é possível. Ninguém aqui em Brasília é o dono da verdade. Tampouco, ninguém aqui pode fazer uso do poder da força para impor a sua vontade. Uma eleição limpa, democrática, com voto impresso em papel e com auditoria pública [...] é importante pra dar continuidade à nossa democracia.
Jair Bolsonaro, presidente da República (sem partido)

O filho do presidente, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também esteve no ato e, sem provas, disse que candidatos "de esquerda" foram beneficiados em outros países. "Não vamos aceitar eleições fraudadas, o que nós estamos tentando fazer aqui é evitar problemas. Vários países estão tendo problemas em suas eleições. Ela trava, quando a apuração retorna, que surpresa, o candidato de esquerda aparece lá na frente."

Atos em outras localidades

Mais cedo, nas redes sociais, Bolsonaro já havia "parabenizado" apoiadores que foram às ruas hoje.

Em Brasília, apoiadores de Bolsonaro ocuparam a Esplanada dos Ministérios estimulados pela última live do presidente da República, na quinta-feira (29). Na transmissão ao vivo, o governante reciclou uma série de boatos já desmentidos sobre supostas fraudes eleitorais, além de levantar suspeitas infundadas sobre os resultados de eleições anteriores.

Além da validação impressa do voto, principal pauta da mobilização, manifestantes também exibem cartazes com dizeres de apoio ao presidente Bolsonaro e críticas a adversários e a outros Poderes, como o STF (Supremo Tribunal Federal). A hashtag #BrasilPeloVotoAuditavel foi uma das mais compartilhadas no Twitter hoje.

Em Copacabana, manifestantes se reuniram a partir das 10h. Sob gritos de "não é retrocesso, eu quero meu voto impresso", milhares de manifestantes empunhavam bandeiras do Brasil e levantavam cartazes pelo voto impresso e auditável.

O presidente participou do ato por videochamada. Em ligação feita pelo deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), Bolsonaro criticou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Publicamente, Barroso já defendeu o processo eleitoral vigente.

Não podemos admitir que o ministro valide apenas a vontade dele, ele tem que estar subordinado à vontade popular. Pode ter certeza que, se o povo assim decidir [pelo voto impresso auditável], que tem que ser dessa maneira, assim será feito."
Jair Bolsonaro, presidente da República (sem partido)

Atos pró-Bolsonaro e a favor do voto impresso pelo Brasil

*(Com informações da Agência Estado)

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