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Omar Aziz volta a criticar desfile de tanques com Bolsonaro: 'Foi patético'

Omar Aziz voltou a criticar o desfile de tanques que teve a presença do presidente Bolsonaro - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Omar Aziz voltou a criticar o desfile de tanques que teve a presença do presidente Bolsonaro Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

11/08/2021 10h19Atualizada em 11/08/2021 11h11

O senador e presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), voltou a criticar o desfile de tanques ocorrido ontem, em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aziz chamou o evento militar de "patético" e declarou que a data é algo para "se esquecer".

"Aquilo de ontem [o desfile de tanques] foi patético. Tem que se esquecer isso. Não é um papel das Forças Armadas fazer aquilo. Eu já fiz o meu comentário, eu não quero mais comentar sobre isso. Até porque eu tenho um respeito muito grande pelas Forças Armadas e sei muito bem que aquilo constrangeu muitas pessoas das Forças Armadas", declarou à CNN Brasil.

Na entrevista, Aziz também afirmou que o Brasil foi "ridicularizado internacionalmente" ontem em razão do evento e disse que Bolsonaro não tem "liturgia" do cargo que ocupa devido aos seus posicionamentos mesmo sendo o chefe do Executivo.

Ontem, o senador abriu a sessão com um discurso repleto de críticas contra o presidente e o desfile militar.

"Bolsonaro imagina com isso estar mostrando força, mas na verdade está evidenciando toda a fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção, inclusive desta CPI, e pela incompetência administrativa que provoca mortes, fome e desemprego em meio a uma pandemia ainda sem controle", disse.

Desfile

O desfile militar ocorrido na manhã de ontem foi acompanhado por Bolsonaro, ao lado dos chefes militares, e contou com a passagem de tanques e outros veículos blindados pelo Palácio do Planalto, em Brasília. As imagens foram exibidas em uma live transmitida pelo Facebook de Bolsonaro que durou menos de nove minutos.

O evento inédito gerou protestos, principalmente da oposição, já que ocorreu no mesmo dia em que a Câmara pautou a votação da proposta de emenda à Constituição que institui o voto impresso — uma das bandeiras do mandatário.

Na noite de ontem, a PEC do voto impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) foi barrada na Casa. A PEC teve 218 votos contra, 229 votos a favor e uma abstenção. Para que a tramitação avançasse, eram necessários votos favoráveis de 308 dos 513 congressistas.

'Voto impresso deveria ser uma das últimas prioridades'

Mais cedo, no Twitter, Aziz ainda criticou a votação da PEC do voto impresso porque, segundo ele, o tema não deveria ser considerado uma prioridade na Casa.

"O Brasil tem pautas muito importantes a debater: na saúde, que a gente consiga vacinar todos os brasileiros e ajudar aqueles que sofreram qualquer tipo de sequela pela Covid. Na economia, o alto número de desempregados e a inflação."

O parlamentar também disse esperar que o assunto seja "sepultado" e não volte ao debate.

"Diria que o voto impresso deveria ser uma das últimas prioridades. Na verdade, nunca tinha visto quem ganhou eleição reclamar deste jeito. A Câmara foi soberana e que o assunto esteja de vez sepultado. Que voltemos aos verdadeiramente valiosos assuntos nacionais", escreveu.