Topo

Esse conteúdo é antigo

Zambelli nega ter defendido uso de ivermectina, e Randolfe rebate

7.jul.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, durante sessão da comissão - Edilson Rodrigues/Agência Senado
7.jul.2021 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, durante sessão da comissão Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

11/08/2021 17h46Atualizada em 12/08/2021 06h32

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confrontou uma publicação feita pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que havia negado ter feito propaganda da ivermectina — medicamento sem eficácia para combater a covid-19, mas que teve uso incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.

Mais cedo, a parlamentar havia dito que Randolfe "mentia de novo" ao dizer que ela propagandeou fabricantes da medicação. Na versão da deputada, ela tinha apenas compartilhado um comentário sobre o assunto nas redes sociais.

O Randolfe Rodrigues mente de novo. Não fiz "propaganda" de fabricante nenhum, apenas um comentário nas redes sobre a diferença de tratamento que a mídia deu a notas opostas de dois fabricantes do mesmo remédio. Como tudo o que ele diz é propaganda, deve achar que os outros são assim
Carla Zambelli

Na sequência, o senador rebateu de forma irônica o tuíte, questionando se a preocupação de Zambelli, à época, era o alcance de uma nota da farmacêutica Vitamedic, que produzia a ivermectina.

"Você defendia os interesses deles?", questionou o parlamentar. Na sequência, o senador tem investigado as ações e omissões do governo federal no combate à pandemia da covid-19 recuperou uma publicação feita por Zambelli sobre o assunto e disse que serviria para "refrescar a memória".

O confronto entre os parlamentares acontece no mesmo dia em que o diretor da Vitamedic, Jailton Batista, depôs ao colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Jailton confirmou que a Vitamedic pagou um total de R$ 717 mil em uma campanha que apoiava o "tratamento precoce" por meio de medicamentos sem eficácia comprovada, como a própria ivermectina e a cloroquina.

Diretor nega venda de ivermectina ao governo federal

Batista disse em depoimento à CPI da Covid que não vendeu comprimidos de ivermectina diretamente ao governo federal.

No entanto, ele narrou que o estado do Mato Grosso adquiriu 350 mil unidades da medicação, utilizada no "kit covid", de uso incentivado pelo Ministério da Saúde e por Bolsonaro.