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'Lula não vai me procurar, porque sabe minha opinião sobre ele', diz Doria

Governador João Doria participa do programa "Roda Viva" - Reprodução/TV Cultura
Governador João Doria participa do programa "Roda Viva" Imagem: Reprodução/TV Cultura

Do UOL, em São Paulo

23/08/2021 23h00

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e falou sobre a possibilidade de encontro para eventual apoio político. Ambos são pré-candidatos à presidência da República nas eleições do ano que vem.

"O ex-presidente Lula não vai me procurar. Portanto não preciso me preocupar com isso. Ele sabe minha opinião sobre ele e não vai me procurar", iniciou Doria, durante participação do programa "Roda Viva", da TV Cultura.

"Minha opinião é muito clara, todos sabem: Luiz Inácio Lula da Silva cometeu roubo, assaltou o dinheiro público do país. Ele sabe que falei isso e sustento isso. Aliás, ele está respondendo ainda no STF vários dos processos pelos quais está se defendendo. Essa imputação ele ainda terá de se defender. Ele pode ser candidato, o STF autorizou, mas ele não foi inocentado. Ele sabe minha opinião e não irá me procurar", acrescentou.

Doria disputa as prévias do PSDB, ao lado de outros caciques, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Para vencer as prévias do partido e ingressar na disputa, Doria aposta em articulações ao centro e se coloca como o "pai da vacina", aspectos destacados no encontro com vereadores, deputados e lideranças tucanas no estado.

Enquanto isso, o tucano tenta se posicionar em âmbito nacional em um cenário em que Jair Bolsonaro (sem partido) participa de motociatas semanais e o ex-presidente Lula viaja pelo Nordeste.

"Portanto tenho pensamento positivo. O PSDB vencerá as prévias e seremos a melhor opção para a chamada terceira via das eleições em 2022. Não votarei nem em Lula, nem em Bolsonaro. Nem horror, nem terror. Quero votar num bom gestor para o Brasil", destacou.

"Aécio Neves é um pária dentro do PSDB"

Doria também foi questionado pelos jornalistas sobre declaração feita pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), que afirmou que o governador de São Paulo nunca foi do PSDB e apenas usou o partido para "seus projetos pessoais como quer fazer mais uma vez", fazendo referência a uma possível candidatura de Doria à presidência da República.

"Que autoridade tem Aécio Neves? Nenhuma. Ele é um pária dentro do PSDB e tem a síndrome da derrota. Eu tenho o prazer de vencer aqueles que pensam como pensa Aécio Neves, eu tenho o dever de proteger e amparar aqueles que defendem o partido deles", disse o governador de São Paulo.

"Eu não faço acordo com Bolsonaro, eu não me reúno no Palácio da Alvorada e nem no Palácio do Planalto com o presidente Bolsonaro como faz o Aécio Neves. Eu não negocio emendas na calada da noite com o Bolsonaro, para defendê-lo depois na Câmara Federal, eu apenas lamento que ele [Aécio Neves] esteja no mesmo partido que eu estou no PSDB", finalizou.