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'Filhos do Otto e do Tasso': grupo de WhatsApp na CPI homenageia veteranos

Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Otto Alencar, na CPI  - Pedro França/Agência Senado
Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Otto Alencar, na CPI Imagem: Pedro França/Agência Senado

Eduardo Militão e Hanrrikson Andrade

Do UOL, em Brasília

26/10/2021 15h15Atualizada em 26/10/2021 16h03

O nome de senadores veteranos na CPI da Covid batizou o grupo de WhatsApp usado pelo chamado G7, o grupo de parlamentares que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Comissão Parlamentar de Inquérito. O grupo "Filhos do Otto e do Tasso" foi criado por causa dos conselhos recebidos de Tasso Jereissati (PSDB-CE), 72, e Otto Alencar (PSD-BA), 74.

O nome do grupo foi revelado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), na reunião da CPI nesta terça-feira (26), na qual será votado o relatório final do relator da comissão Renan Calheiros (MDB-AL), que recomendará 81 indiciamentos, sendo 79 pessoas e duas empresas.

A existência do grupo foi confirmada por Eduardo Braga (MDB-AM), o próprio Otto e pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues: "Somos todos filhos de Tasso".

"É o G7", disse o senador Eduardo Braga (MDB-AM) ao UOL. Ele destacou que Otto e Tasso são os mais velhos do grupo.
Otto e Tasso agradeceram.

Otto disse que a ideia foi de Randolfe. "Muito criativo, no nosso grupo interno, onde discutimos várias vezes as questões do andamento da CPI, vossa excelência colocou 'Filhos do Otto e do Tasso'".

"Eu quero agradecer a todos aqueles que se consideraram meus filhos e de Tasso. Porque me ouviram permanentemente com a minha experiência e com a experiência de Tasso. Inclusive ontem à noite, quando tivermos uma reunião muito longa, que terminou à 1h."

Nessa reunião, os senadores decidiram sobre mais pessoas que deveriam ser alvo do relatório da CPI.

"A atuação de vossas excelências [Otto e Tasso] ontem à noite fez juz ao nome que foi designado ao grupo", disse Randolfe.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.