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Alvaro Dias garante que Moro será candidato à Presidência: 'Irreversível'

Colaboração para o UOL

11/11/2021 11h47Atualizada em 11/11/2021 12h40

O senador Alvaro Dias (PR), líder do Podemos no Senado, garantiu ao UOL Entrevista hoje (11) que o ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sergio Moro será candidato à Presidência em 2022. "É irreversível", cravou.

Porém, apuração da colunista do UOL Thaís Oyama mostra que pessoas próximas ao ex-ministro em São Paulo e Washington afirmam que ele levará a sua candidatura apenas "até onde der" — ou seja, até perto de esgotar o prazo para que se inscreva a uma vaga no Senado, sua real pretensão eleitoral.

Dias acredita que a possibilidade de Moro se candidatar ao Senado poderia beneficiar outros pré-candidatos, como João Doria (PSDB): "Acho que é uma estratégia legítima, querer que saia ao Senado por São Paulo e o apoie. Mas Moro é do Paraná e vai ser candidato à Presidência."

O senador também afirmou que vê com dificuldade a possibilidade das pré-candidaturas da chamada "terceira via" se unirem, mas defende união em torno do ex-ministro da Justiça. "Mesmo que isso fosse possível [a convergência de nomes], temos convencimento de que, pela pesquisa que temos, Moro é o nome com maior potencial nesse meio do caminho", avaliou.

A filiação de Moro ao Podemos foi oficializada ontem (10), em Brasília. "Eu não tenho uma carreira política e não sou treinado na eloquência política. Mas se eventualmente não sou a melhor pessoa para discursar, posso assegurar que sou alguém que vocês podem confiar", disse o ex-juiz.

Candidatura de Dallagnol

Durante a entrevista, Alvaro Dias também confirmou que Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato, vai se filiar à sigla. Ele revelou que o ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal) é pré-candidato à Câmara dos Deputados.

"Fará uma votação histórica para deputado federal no Paraná", avaliou o senador. O partido planeja filiar o ex-procurador em dezembro.

A exoneração de Dallagnol do MPF (Ministério Público Federal) veio a público na semana passada. Pelo Twitter, o ex-coordenador da Lava Jato justificou a decisão afirmando que quer "fazer mais pelo país".

Errata: este conteúdo foi atualizado
Inicialmente, o texto se referiu erroneamente ao senador Alvaro Dias como presidente do Podemos. O parlamentar é líder da sigla no Senado. A informação foi corrigida.