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Flávio Bolsonaro confirma que se filiará ao PL com o pai no dia 30

Evento de filiação de Flávio e Jair Bolsonaro ao PL acontecerá em Brasília - Adriano Machado/Reuters
Evento de filiação de Flávio e Jair Bolsonaro ao PL acontecerá em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

25/11/2021 15h36Atualizada em 25/11/2021 16h56

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) confirmou hoje que seguirá o caminho do pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e se filiará ao PL (Partido Liberal) na próxima terça-feira (30), em Brasília.

Flávio é filiado ao Patriota desde o final de maio. Na época, Bolsonaro foi convidado a ingressar no partido, mas a ida não se concretizou devido a divergências na sigla.

Atualmente, o PL tem quatro senadores — Carlos Portinho (RJ), Jorginho Mello (SC), Romário (RJ) e Wellington Fagundes (PL) —, enquanto o Patriota tem como único representante no Senado o filho do presidente.

Quando a filiação de Flávio ao PL for confirmada, o partido passará a ter a oitava maior bancada da Casa, atrás do DEM (6), do PSDB (6), do PT (6), do PP (7), do Podemos (9), do PSD (12) e do MDB (15).

Presidente no PL

A confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro se filiará ao partido, comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto - condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro no mensalão -, ocorreu na última terça-feira (23), após reunião entre o líder da sigla e o presidente.

A filiação de Bolsonaro ao PL estava, inicialmente, prevista para ocorrer na última segunda-feira (22), mas teve que ser adiada devido a divergências e empecilhos entre o presidente, Valdemar e a sigla.

Um dos pontos que dificultou a filiação de Bolsonaro foi o fato de o PL ter se comprometido a apoiar o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em uma candidatura ao governo do estado em 2022.

O PL é um dos partidos que integra a base do governador de SP, João Doria (PSDB), opositor do presidente, no legislativo estadual. Para ter Bolsonaro no quadro de filiados, entretanto, a sigla abdicou do compromisso firmado com os tucanos para 2022.

Além de não querer ver o próprio partido apoiando alguém indicado por Doria, Bolsonaro também não queria ver o PL coligado com Garcia por desejar que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, seja candidato ao governo paulista em 2022.

O PL aceitou a condição de Bolsonaro e também convidou Tarcísio a se filiar ao partido, mas o ministro ainda não decidiu se aceitará a proposta.

Segundo o presidente, o PL se comprometeu a não apoiar nenhum candidato de esquerda a governador em 2022 — em alguns estados do Nordeste, como o Piauí, governado por Wellington Dias (PT), o PL integra a base governista.

"Conversei há três dias com Valdemar, acertamos nossos ponteiros e estamos bem afinados para, ao realizar essa filiação, começar a falar em política no ano que vem", disse Bolsonaro em entrevista concedida hoje à Rádio Sociedade da Bahia.