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André Mendonça ganhou jantar de Bolsonaro e choro de Michelle, diz jornal

Foto ilustrativa: Jair Bolsonaro e André Mendonça, indicado pelo presidente como um nome "terrivelmente evangélico" para o STF - Carolina Antunes/Presidência da República
Foto ilustrativa: Jair Bolsonaro e André Mendonça, indicado pelo presidente como um nome "terrivelmente evangélico" para o STF Imagem: Carolina Antunes/Presidência da República

Colaboração para o UOL

01/12/2021 12h27Atualizada em 01/12/2021 13h12

Na véspera da sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu um jantar para o seu candidato ao STF (Supremo Tribunal Federal), André Mendonça, no Palácio da Alvorada. As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

O evento oferecido ontem por Bolsonaro no Alvorada reuniu ministros, parlamentares e lideranças evangélicas. Mais de 100 pessoas participaram do jantar, previsto para receber 40 convidados, segundo informou O Globo.

Ainda de acordo com o jornal, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, abraçou o ex-ministro ao chegar de surpresa ao evento. Ela estava chorando, emocionada.

Michelle postou um vídeo no Instagram, em que mostra pastores evangélicos cantando, com a descrição: "Nossos pastores, irmãos em Cristo, louvando ao nosso Deus". Eles estavam aglomerados em um local fechado e não usavam máscaras, que são indicadas para a prevenção contra a covid-19.

Indicado por Bolsonaro como um nome "terrivelmente evangélico" para o STF, o ex-ministro da Justiça André Mendonça afirmou, durante a sabatina no Senado, que tem compromisso com o Estado laico.

Houve empenho do governo, disse Bolsonaro

Em discurso durante o jantar de ontem, o presidente da República afirmou que o evento, realizado no Dia do Evangélico e que teve a presença de seus principais ministros, era para mostrar o "tamanho do empenho" do governo a quem ainda não estava convencido do apoio para a aprovação de Mendonça no Supremo, diz O Globo.

Mendonça agradeceu Bolsonaro e aos pastores pela força-tarefa para a realização da sabatina — que ficou parada na CCJ durante cerca de quatro meses. Na última semana, líderes evangélicos realizaram ligações a senadores pedindo votos para o ex-ministro da Justiça.

Além da busca por parlamentares, Mendonça relatou outro esforço feito pelos religiosos: pastores oraram por sua sabatina no alto do Monte Roraima, localizado na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Ao saber disso por uma chamada de vídeo, Mendonça disse que sua indicação ao STF "se transformou numa comoção nacional".

Mendonça tem apoio declarado de pelo menos um terço do Senado. Em levantamento feito pelo UOL, 29 parlamentares afirmaram que votarão a favor da nomeação do indicado do presidente Jair Bolsonaro (PL).