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Lula diz que Bolsonaro é 'anomalia política' e critica fim do Bolsa Família

Lula e Bolsonaro; ex-presidente criticou o atual pela extinção do Bolsa Família - Amanda Perobelli/Reuters e Marcos Corrêa/Presidência da República
Lula e Bolsonaro; ex-presidente criticou o atual pela extinção do Bolsa Família Imagem: Amanda Perobelli/Reuters e Marcos Corrêa/Presidência da República

Do UOL, em São Paulo

02/12/2021 21h11

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou hoje o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), e o criticou pela extinção do Bolsa Família. Em entrevista ao podcast PodPah, Lula disse que o adversário é uma "anomalia política".

"Bolsonaro é uma anomalia política no Brasil. Ele não era para existir, o povo brasileiro pela luta que já fez, não era para ter essa figura grotesca. Até porque ele é grosso. Não falo isso com orgulho, porque só tenho um diploma do primário e do Senai. Ele deve ter lá um diploma de tenente, mas não sabe respeitar a sociedade", declarou.

Lula disse que o atual presidente extinguiu o Bolsa Família por querer criar um programa que tivesse a sua cara. "Era um programa excepcional, esse troglodita não precisaria ter acabado, ele poderia ter aperfeiçoado", afirmou. "O programa não era do Lula, era do povo brasileiro."

Apesar de não confirmar sua candidatura em 2022, o petista aparece à frente de todos os demais pré-candidatos nas pesquisas eleitorais. Um levantamento feito pelo Instituto Atlas Político divulgado na terça-feira (30) mostrou que Lula tem 42,8% das intenções de voto, contra 31,5% de Bolsonaro.

O Bolsa Família chegou ao fim em novembro depois de 18 anos para dar espaço para o Auxílio Brasil. O primeiro pagamento teve valor médio de R$ 217,18 - quantia 17,8% maior que a média do programa Bolsa Família.

O governo promete que a aprovação da PEC dos Precatórios, que passou hoje no Senado e seguirá para a Câmara, garantirá o pagamento de R$ 400 mínimos por família até 2022 —ano da eleição presidencial. A partir de 2023, será necessário definir uma nova fonte de recursos para manter o programa de pé.

A falta de previsão orçamentária de longo prazo é uma das principais críticas ao novo auxílio, visto como uma medida criada para elevar a popularidade de Bolsonaro.