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Deputado bolsonarista diz ter votado errado a favor do fundão eleitoral

21.05.2021 - O deputado José Medeiros (Podemos-MT) ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) - Reprodução
21.05.2021 - O deputado José Medeiros (Podemos-MT) ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

18/12/2021 15h11

O deputado José Medeiros (Podemos-MT) disse em suas redes sociais que votou errado a favor do fundo eleitoral. O texto foi divulgado pelo portal Metrópoles, o UOL buscou a publicação, mas ela foi apagada pelo parlamentar bolsonarista.

"Acabei votando NÃO, totalmente convicto que o SIM estaria derrubando o veto, estava online e infelizmente houve desencontro com a assessoria", justificou Medeiros.

O Congresso Nacional derrubou ontem o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao fundão de R$ 5,7 bilhões para o próximo ano. A verba foi criada em 2017 para financiar as campanhas eleitorais após o STF (Supremo Tribunal Federal) proibir doações de empresas.

O deputado disse ainda que a explicação era "indefensável" e "indesculpável".

Ainda assim, apoiadores de Medeiros criticaram a atitude. "Não há explicação que convença o povo sobre um erro em uma votação tão importante como essa", disse um perfil nas redes sociais.

Maior verba desde 2017

Com a derrubada do veto, em 2022 a verba para campanhas será a maior desde 2017. De lá pra cá, o fundo eleitoral sempre ficou em torno de R$ 2 bilhões.

Parlamentares governistas e oposição se disseram contrários ao aumento do fundo eleitoral após a decisão do Congresso, que contou com o apoio do PL, partido do presidente, assim como de outras legendas aliados a Bolsonaro.

Reportagem da Folha de S.Paulo apurou que o governo evitava oficialmente apoiar a derrubada do veto, mas ambas as lideranças do Congresso "decidiram liberar a bancada para votarem, em um claro sinal em favor do fundão".

Bolsonaro se beneficia com a derrubada do veto para as eleições de 2022. O PL, partido que se filiou recentemente, ficou na 8ª posição no ranking das siglas que mais receberam dinheiro na campanha eleitoral de 2018.

O partido Novo disse que iria acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão.