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Após três dias, Luciano Hang recupera conta no Twitter

Luciano Hang na CPI da Covid - Leopoldo Silva/Agência Senado
Luciano Hang na CPI da Covid Imagem: Leopoldo Silva/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

15/01/2022 17h46

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, recuperou sua conta do Twitter depois de três dias de suspensão. A justificativa da rede social tinha sido que bloqueia "as contas que violam as regras".

Na tarde de hoje, Hang publicou: "Estou de volta no Twitter!". Além de ser empresário, ele ganhou notoriedade por ser um ferrenho apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao UOL, na quarta-feira, a assessoria de imprensa do Twitter explicou que a rede social "bloqueou a referida conta (@LucianoHangBr) uma vez que a ordem judicial que requer seu bloqueio na plataforma segue em vigor".

Os representantes de imprensa de Hang, por sua vez, chamaram a ação de absurdo. "Estamos vivendo momentos estranhos na sociedade, em que você não pode ter liberdade de pensamento e expressão. Um absurdo! Não é possível que se tenha uma única verdade e que você não pode questioná-la. Agora não podemos mais compartilhar informações para as pessoas tomarem suas próprias decisões?".

A equipe, então, começou a trabalhar para que o perfil de Hang fosse devolvido. Essa não foi a primeira vez que o empresário foi bloqueado das redes sociais.

Outra suspensão e acusações

Em 2020, o empresário bolsonarista já havia sido bloqueado —tanto no Twitter quanto no Facebook— por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em decorrência do inquérito das fake news.

Hang começou, então, a usar apenas o Instagram para fazer suas manifestações a favor do governo de Bolsonaro, como a liberação do porte de armas, da compra de vacina pelo setor privado, entre outras bandeiras. Meses depois, em abril de 2021, ele decidiu lançar um novo perfil no Twitter.

Além das movimentações em redes sociais, o dono da Havan tem sido acusado de ser um dos financiadores de fake news por meio do aplicativo WhatsApp e do chamado "gabinete do ódio", responsável por desferir ataques contra adversários políticos, especialmente durante as eleições de 2018, ano da vitória de Bolsonaro.

Hang nega essas acusações e as feitas na CPI da Covid, em 2021. Na época, ele foi evasivo e driblou perguntas feitas pelos senadores sobre a operadora de saúde Prevent Senior —sob suspeita de série de irregularidades, inclusive de ter ocultado inicialmente a morte da mãe de Hang por covid-19— e o presidente Bolsonaro.