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Roberto Jefferson é liberado por Moraes para deixar prisão e ir a hospital

Do UOL, em São Paulo

18/01/2022 15h26

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a deixar a prisão para ser transferido a um hospital, onde irá tratar problemas de saúde. O político está preso desde agosto e recentemente apresentou sintomas respiratórios e febre.

"Autorizo a saída imediata e temporária de Roberto Jefferson Monteiro Francisco do estabelecimento prisional, para a realização dos exames indicados por sua médica particular", escreveu o ministro.

De acordo com o documento, ele será levado a um hospital em Botafogo, no Rio. Segundo a decisão, Jefferson "deverá ser acompanhado por escolta e retornar ao estabelecimento prisional após a realização dos exames apontados como necessários, sendo permitido seu contato somente com a equipe médica e de enfermagem".

A defesa de Jefferson pediu transferência dele há uma semana, no último dia 11 de janeiro. Na ocasião, o ministro pediu a manifestação de um diretor do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde Jefferson se encontra.

Em nova manifestação, os advogados do político informaram, ontem, que ele apresenta "sintomas de início de trombose". Devido à necessidade de realização de exames específicos, em "unidade hospitalar adequada", foi dada a autorização para a saída da prisão.

Ontem, Ana Lúcia Jefferson, mulher do ex-deputado federal, gravou vídeo e fez apelo a autoridades para que o marido fosse transferido imediatamente devido às condições de saúde dele. Na gravação de 35 segundos, Ana Lúcia chora e diz que o político corre risco de morte. A autenticidade da gravação foi confirmada pelo UOL. (Assista ao vídeo abaixo)

Preso desde agosto, Jefferson já foi internado outras vezes

Roberto Jefferson está detido desde agosto, por determinação do ministro do STF, por suspeita de envolvimento com uma milícia digital que atua contra a democracia. Com problemas de saúde, o ex-presidente do PTB chegou a ser hospitalizado e, mais tarde, internado no presídio de Bangu 8. A defesa chegou a pedir prisão domiciliar com base no estado de saúde do ex-deputado, mas não teve sucesso.

Em dezembro, Moraes negou um pedido de soltura do ex-parlamentar sob o argumento de que a manutenção da prisão é "necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal". O ex-deputado também já teve negados pelo Supremo outros pedidos de soltura, mas, neste último caso, o ministro não apenas manteve a prisão, como também decidiu pelo afastamento do político da presidência do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), determinado em novembro e válido por 180 dias.