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Presidente do Podemos: União Brasil pediu para Moro migrar para o partido

Do UOL, em São Paulo

19/01/2022 09h54Atualizada em 19/01/2022 14h07

A deputada federal e presidente nacional do Podemos Renata Abreu (SP) revelou o início de conversas para que o ex-juiz Sergio Moro saia do partido e se candidate à presidência da República pelo União Brasil (fusão entre o DEM e o PSL). As informações são do jornal O Globo.

Renata Abreu confirmou o desejo de integrantes do União Brasil de terem o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro como o líder da chapa na campanha presidencial.

Apesar da confirmação, Renata explicou que as conversas para a mudança ainda estão no começo.

"Parlamentares do União Brasil pediram para avaliarmos esta possibilidade de o Moro migrar para o partido, mas não temos nada concreto", disse a parlamentar.

Segundo o jornal, alguns políticos do União Brasil pensam em ceder à Renata a cadeira de vice na chapa presidencial do partido se a parlamentar colaborar para a mudança de sigla do ex-juiz nas eleições de 2022.

"Se todo mundo chegar à conclusão de que é o melhor caminho Moro ir para o União Brasil, será bom para todos os lados. É algo para somar, em comum acordo. É um projeto único", comentou Renata.

O jornal aponta que a filiação de Moro ao Podemos, ocorrida no início de novembro, se deu em razão das conversas entre o ex-juiz, que estava morando nos Estados Unidos no ano passado, com políticos da sigla. No entanto, Moro também teria se aproximado de membros do União Brasil.

Apesar do desejo por parte de parlamentares da nova sigla, o jornal explica que alguns políticos do PSL e do DEM não aprovam a mudança de sigla do ex-ministro da Justiça.

Uma parte da cúpula do Podemos também não enxerga pontos positivos na mudança e acredita que a alteração rápida de partido pode fazer o ex-juiz se complicar com as alas da legenda, que baseiam suas iniciativas eleitorais com as de Moro.

Questionado pelo UOL, a assessoria de Moro disse que o ex-juiz "não vai comentar".

O UOL também tenta contato com o Podemos e o União Brasil para comentar a reportagem. A matéria será atualizada em caso de retorno dos citados.