Ministério da Saúde manterá ações de monitoramento e prevenção na fase pós-pandêmica da gripe A

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar o início da fase pós-pandêmica da gripe H1N1, o Ministério da Saúde declarou que manterá as ações de monitoramento e prevenção da doença. Segundo a OMS, o vírus continua circulando no mundo, mas com comportamento similar ao da gripe comum.

A organização aconselha que a atenção aos grupos mais vulneráveis a desenvolver formas graves da doença, como gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças menores de dois anos deve continuar. "A vigilância contínua é extremamente importante", orientou a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, que ressaltou a importância da vacinação no enfrentamento da pandemia.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que graças à vacina, todos os índices de gripe estão em queda no país e a demanda por atendimento médico por doenças respiratórias está menor que o esperado para esta época do ano. Ele ressalta, no entanto, que é necessário continuar monitorando o vírus e manter os cuidados típicos do período do inverno, como os hábitos de higiene.

O Ministério destaca que a gripe H1N1 vem se mantendo em baixa atividade mesmo nos meses de julho e agosto, nos quais ocorre, todos os anos, aumento no número de casos de influenza e pneumonias associadas.

Gripe no Brasil

Além da queda de demanda por atendimento médico, o Brasil apresenta, atualmente, uma intensidade baixa a moderada na proporção de pessoas com doenças respiratórias agudas.

De 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, foram confirmados 753 casos de pessoas com influenza pandêmica que precisaram de internação e 95 mortes. Em 2010, vem sendo observada redução no número de casos graves e mortes pela doença desde março. Em 2009, foram 46.100 casos graves e 2.051 óbitos.

Prevenção

Com o país ainda no inverno, a população deve ficar atenta, pois é nessa época do ano que costumam aumentar os casos de doenças respiratórias transmissíveis, como gripes e resfriados. A queda de temperatura, o ar mais seco e a maior concentração de pessoas em ambientes fechados favorecem a circulação dos diversos tipos de vírus respiratórios, como os vírus influenza, que causam gripe.

No Brasil, o aumento de casos de gripe geralmente ocorre entre maio e outubro. Porém, esse período varia de acordo com a região. Por exemplo, enquanto no Norte a tendência de crescimento se inicia em janeiro, no Sul e Sudeste, que têm invernos mais rigorosos, os casos se concentram de junho a agosto.

Portanto, a população deve continuar com os hábitos de higiene (como lavar as mãos frequentemente e usar lenços descartáveis ao tossir e espirrar) e ter atenção especial com crianças, gestantes, portadores de algumas doenças crônicas e idosos. Ao surgirem sinais de gripe ou resfriado, como febre, tosse, dor de cabeça e nas articulações, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria (pois eles podem mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico) e devem procurar o serviço de saúde mais próximo.

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