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Descobridor do Ebola acredita que a China é vulnerável ao vírus

O descobridor do vírus ebola Peter Piot durante uma conferência nas Nações Unidas, após dar consultoria sobre o surto do vírus para a Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra, no início de outubro de 2014 - Denis Balibouse/Reuters
O descobridor do vírus ebola Peter Piot durante uma conferência nas Nações Unidas, após dar consultoria sobre o surto do vírus para a Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra, no início de outubro de 2014 Imagem: Denis Balibouse/Reuters

30/10/2014 10h25

O professor belga Peter Piot, um dos descobridores do vírus ebola em 1976, destacou nesta quinta-feira (30) sua preocupação em relação à China, que possui uma grande comunidade na África Ocidental. No entanto, ele afirmou acreditar que a intensidade da epidemia pode começar a diminuir a partir do Natal.

"Milhares e milhares de chineses vivem e trabalham na África. A situação atual é muito diferente em relação às epidemias anteriores. Não é impossível que trabalhadores infectados voltem para a China", explicou Piot durante um seminário médico organizado em Tóquio, no Japão.

"Nos hospitais públicos da China, pelo menos todos que visitei, o nível de controle de infecções é muito baixo", alertou ainda, destacando que, no entanto, a situação neste sentido melhorou muito desde a epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda severa).

O professor Piot, que dirige em Londres uma escola de medicina tropical, reiterou suas críticas contra a Organização Mundial da Saúde (OMS), denunciando a lentidão com que reagiu no surgimento da epidemia, que já matou 4.922 pessoas entre os mais de 10.141 casos registrados até 23 de outubro.