OMS pede prudência sobre a relação entre o zika e a síndrome Guillain-Barré
A Organização Mundial da Saúde pediu nesta terça-feira (9) prudência sobre a suposta relação entre o vírus zika e a morte de três pessoas na Colômbia pela síndrome de Guillain-Barré.
"Sim, vimos estas mortes pela síndrome de Guillain-Barré, foram registradas três. Mas queremos convidar à prudência" sobre a possível relação com o zika, afirmou em Genebra o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.
A Colômbia registra 22.612 infectados pelo vírus zika, entre eles 2.824 grávidas, além do forte aumento de Guillain-Barré - de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde no sábado, com dados de até 30 de janeiro.
Segundo dados oficiais colombianos, a síndrome de Guillain-Barré estaria relacionada a três mortes por causas associadas ao vírus zika, afeta grande parte da América Latina.
Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas foram contaminadas na Colômbia, o segundo país mais afetado pelo vírus depois do Brasil.
Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde confirmou as três primeiras mortes associadas ao zika no país.
Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções na pele -, suspeita-se de que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.
Na sexta-feira, a ONU pediu que se autorize o aborto em países afetados pelo zika. Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais em janeiro que adiem a gravidez entre seis e oito meses.
O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e chikungunya.
Na Colômbia, a previsão é de que haja mais de 600 mil infectados pelo vírus este ano e 500 casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida no Brasil, o país mais afetado por esta epidemia, com mais de um milhão e meio de casos.
O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, advertiu a OMS.
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