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Robôs humanoides recebem pacientes em hospitais na Bélgica

Garoto conversa com o robô Pepper no hospital La Citadelle, em Liège, Bélgica - John Thys/ AFP
Garoto conversa com o robô Pepper no hospital La Citadelle, em Liège, Bélgica Imagem: John Thys/ AFP

Em Liège (Bélgica)

13/06/2016 17h38

Sua dicção é um pouco entrecortada, e seus gestos ligeiramente duvidosos, mas o robô humanoide Pepper, com um monitor no peito, está pronto para receber pacientes e visitantes em dois hospitais belgas.

Pepper é o primeiro robô do mundo a trabalhar como recepcionista em um ambiente hospitalar, afirmaram nesta segunda-feira (13), ao apresentá-lo, os encarregados do hospital regional La Citadelle na cidade de Liège, no sudeste do país.

O robô, de 1,40 metro de altura, cara redonda e equipado com rodas, que ficam escondidas debaixo da sua carcaça branca, é capaz de reconhecer a voz humana em 20 idiomas e determinar se seu interlocutor é um homem, uma mulher ou uma criança, disse Raphaël Tassart, porta-voz da companhia belga Zora Bots, que desenvolveu os programas instalados no cérebro eletrônico de Pepper.

Em Liège, Pepper, cujo preço de venda é cerca de 30 mil euros (cerca de R$ 108 mil), continuará por enquanto confinado na recepção, mas em um hospital da cidade Oostende, no noroeste da Bélgica, poderá acompanhar os visitantes pelos corredores até os diferentes serviços, segundo Tassart.

Robôs da geração de Pepper já foram testados no Japão e na França, geralmente com funções comerciais. "Mas é a primeira vez que serão utilizados na recepção", afirmou o porta-voz.

Outros robôs menores, de 57 centímetros, desenvolvidos pela mesma empresa, já estão em funcionamento em cerca de 300 hospitais, centros de aposentados ou de cuidados em vários países.

Em Liège e Oostende, estes robôs, chamados Nao, são utilizados como auxiliares nos serviços pediátricos e geriátricos.