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Liberação de substância derivada da maconha dá esperança a menina com doença rara

Sofia, de 5 anos, filha de Margarete Brito, é portadora da síndrome CDKL5 e toma 5 mililitros diários de canabidiol há um ano - BBC
Sofia, de 5 anos, filha de Margarete Brito, é portadora da síndrome CDKL5 e toma 5 mililitros diários de canabidiol há um ano Imagem: BBC

14/01/2015 21h32

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirou nesta quarta-feira o Canabidiol (CBD) da lista das substâncias proibidas.

A reclassificação trouxe um alento para famílias como a de Margarete Brito, que já utilizam a substância derivada da maconha, mas que atualmente precisam importá-la.

A medida abre caminho para que seja desenvolvido um medicamento nacional à base do princípio ativo da droga, o que tornará o tratamento mais acessível no Brasil.

A decisão da agência foi tomada apoiada em estudos científicos que indicam efeito terapêutico e não causador de dependência do Canabidiol.

Sofia, de 5 anos, filha de Margarete, é portadora da síndrome CDKL5 e toma 5 mililitros diários da substância há um ano.

Antes de começar o tratamento, tomava quatro medicamentos anticonvulsivante e chegou a ter 58 crises convulsivas por mês.

Com o Canabidiol, as crises caíram para 13 por mês, e Sofia já deixou de usar três dos medicamentos.

Margarete mantém esperanças de que, em breve, o tratamento permita reduzir ainda mais a dependência de sua filha dos remédios.