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Após mastectomia, Angelina Jolie retira ovários para prevenir câncer

Atriz, que há dois anos retirou os dois seios, tinha 50% de chances de desenvolver câncer de ovário - Frederic J. Brown/AFP
Atriz, que há dois anos retirou os dois seios, tinha 50% de chances de desenvolver câncer de ovário Imagem: Frederic J. Brown/AFP

24/03/2015 08h09

A atriz Angelina Jolie fez uma cirurgia para retirar os ovários e as trompas de Falópio como uma medida preventiva contra o câncer.

A atriz escreveu um artigo no "New York Times" em que diz que decidiu fazer a cirurgia porque tem um gene que traz 50% de risco de desenvolver câncer de ovário.

Há dois anos, Jolie - cuja mãe morreu de câncer - passou por uma mastectomia dupla.

"Não é fácil tomar essas decisões", disse. "Mas é possível assumir o controle e enfrentar qualquer problema de saúde."

No artigo, intitulado "Angelina Jolie Pitt: Diary of a Surgery" (Angelina Jolie Pitt: Diário de uma Cirurgia), ela disse: "É uma cirurgia menos complexa que a mastectomia, mas as consequências são mais sérias. Ele coloca a mulher em uma menopausa forçada", diz.

Jolie, que também é cineasta e enviada especial da ONU, vai passar a tomar hormônios de reposição.

Ela decidiu ter seus ovários e trompas de Falópio removidos após um check-up que revelou que ela não apresentava sinais de câncer de ovário, mas que ainda corria o risco de desenvolver a doença - que também matou sua avó e tia.

"Meus médicos disseram que eu deveria fazer uma cirurgia preventiva cerca de dez anos antes dos primeiros sinais de câncer nas minhas parentes mulheres", escreveu.

"O câncer de ovário da minha mãe foi diagnosticado quando ela tinha 49 anos. Eu tenho 39."

Jolie, que é casada com o ator Brad Pitt, tem seis filhos - três deles adotados.

"Apesar dos hormônios que estou tomando, entrei na menopausa. Não poderei ter mais filhos e devo sofrer algumas mudanças físicas. Mas me sinto tranquila com o que vier, não porque sou forte, mas porque é parte da vida. Não é algo que eu deva temer."

A ganhadora de Oscar acrescentou: "Não é possível remover todo o risco, mas o fato é que eu ainda sou propensa ao câncer. Vou procurar formas naturais de fortalecer meu sistema imunológico. Me sinto feminina e firme nas escolhas que estou fazendo por mim e pela minha família."

"Sei que meus filhos nunca vão dizer: Minha mãe morreu de câncer de ovário."