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Peixe barrigudinho pode ajudar no combate à dengue, diz estudo asiático

A introdução do barrigudinho produziu uma redução considerável das larvas do mosquito transmissor - Thinkstock
A introdução do barrigudinho produziu uma redução considerável das larvas do mosquito transmissor Imagem: Thinkstock

De Manila

12/09/2013 09h57

O peixe lebistes, também conhecido como barrigudinho e uma das espécies mais comuns nos aquários domésticos, pode ajudar na luta contra a dengue, diz um estudo desenvolvido na Ásia e financiado em parte pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).

O experimento, no qual também participou a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi desenvolvido em dois distritos do Camboja e do Laos entre 2009 e 2011, nos quais se introduziu o citado peixe em 88% e 76% dos lares, respectivamente.

A introdução do barrigudinho produziu uma redução considerável das larvas do mosquito transmissor do vírus da dengue, já que o peixe demonstra um grande apetite pelo inseto que se desenvolve em água parada.

"É um modelo de baixo custo, funciona durante todo o ano e é seguro, além de permitir a participação de toda a comunidade. É uma alternativa ao uso de produtos químicos e reduz o custo dos tratamentos de emergência para conter as epidemias", disse Gerar Servais, especialista em saúde do BAD.

Atualmente não existe uma vacina ou tratamento específico para tratar a dengue, que causa dores musculares, nas articulações e cabeça, além de febre alta e erupções na pele, podendo ser mortal em sua variedade hemorrágica.

Segundo o BAD, a doença representa uma despesa considerável na precária economia de muitas famílias da região, além de afetar os orçamentos dos governos, no turismo e em outros setores.

Cerca de 2,5 bilhões de pessoas, mais de 70% delas na Ásia e no Pacífico, correm risco de contrair dengue, cuja incidência aumenta com o crescimento urbanístico desordenado.

O barrigudinho, também chamado de 'guppy', é conhecido pela cauda em forma de leque.

O BAD forneceu US$ 1 milhão para o projeto.