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Satélites ajudam a monitorar a dengue em Recife

Da Agência Estado, em São Paulo

23/04/2007 10h58

Tecnologia de ponta unida à experiência em campo para combater um mal comum e bastante conhecido no País: a dengue, doença infecciosa causada por um vírus passado de pessoa para pessoa pelo mosquito Aedes. Esse é o foco de um trabalho que reúne pesquisadores em diferentes níveis de atuação, além de secretarias e agentes de saúde, em Recife (PE). O grupo que conduz o projeto Saudável - sigla de Sistema de Apoio Unificado para Detecção e Acompanhamento em Vigilância Epidemiológica - monta um sistema de alerta e controle da doença para que os órgãos públicos possam intervir antes de surtos se transformarem em epidemias.


A dificuldade de prevenir os surtos indica que a solução exige mais do que evitar água empoçada - ação importante, mas incapaz de eliminar o vírus em circulação. "Imagine dividir Recife em quadradinhos de dois quilômetros quadrados. Eu quero saber qual é o risco de um surto acontecer em cada um deles, como acontece, e qual reação deve ser tomada para controlá-lo", diz o coordenador do Projeto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Antonio Miguel Vieira Monteiro. Para isso, o Saudável cruza dados de satélites e meteorológicos com questionários de moradores e exames de sangue.


Por enquanto, cinco bairros foram estudados: Engenho do Meio, Morro da Conceição-Alto José de Pinto, Sítio dos Pintos, Casa Forte Parnamirim e Brasília Teimosa. Eles foram escolhidos por representar situações diversas encontradas na cidade, de topografia, distribuição da vegetação, intensidade domiciliar e tipos de construção, como prédios ou palafitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo