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Temporão evita tema aborto após puxão de orelha da mãe

Roberta Pennafort, do Rio de Janeiro<br/>

11/05/2007 12h36

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, contou hoje, ao ser questionado sobre sua posição sobre o aborto, que "levou um puxão de orelha" de sua mãe, que tem 89 anos, e é católica fervorosa. Por isso, ele disse que parou de falar sobre o assunto. A defesa do ministro sobre a discussão do aborto no País abriu polêmica durante a visita do papa Bento XVI ao Brasil. Ao chegar ao País na última quarta-feira, Bento XVI defendeu o "direito à vida".

"Ela disse que a Igreja tem muitas outras questões e eu concordo. Eu ficaria muito satisfeito se a Igreja se manifestasse com relação à ampliação do acesso do cidadão à saúde", declarou, referindo-se a programas de distribuição de medicamentos contra a Aids. O ministro está no Rio para se reunir com os secretários de saúde de municípios e do Estado, e também para se encontrar com representantes do Sindicato dos Médicos.

Álcool e artistas

Temporão sinalizou que o governo não irá desistir de lutar por uma regulamentação da propaganda de bebidas alcoólicas no País, de modo a evitar que crianças, jovens e adultos sejam influenciados e passem a consumir álcool. "O álcool é um problema de saúde pública grave, e nossa política é de redução de danos", afirmou.

Ele disse ainda que é natural que as entidades, que se sintam lesadas pela regulamentação, se manifestem contrárias a ela. Temporão defendeu ainda que os artistas que "ganham muito dinheiro" com este tipo de publicidade reflitam sobre seu papel social. "O artista tem que ter muita consciência do papel que desempenha na sociedade", afirmou. Ele criticou filmes publicitários que tem como alvo jovens.