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Campanhas devem reforçar cura do câncer, diz Temporão

Fabiana Cimieri, do Rio de Janeiro

25/05/2007 17h34

Nas comemorações dos 70 anos do Instituto Nacional do Câncer, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que as campanhas contra a doença devem reforçar a esperança e possibilidade de cura. O combate ao câncer de mama, próstata, pele e colo do útero estão entre as prioridades de sua gestão. Resultados preliminares de uma pesquisa feita sob encomenda do Inca em sete capitais mostra que, para pelo menos 60% dos entrevistados, quando se pensa em câncer, a primeira palavra que lhes vêm à cabeça é morte ou dor.

A maioria dos 2.100 entrevistados nessas sete capitais não reconhece que alimentação inadequada, falta de atividades físicas e ter relações sexuais sem o uso de preservativo são fatores de risco para certos tipos de câncer. No entanto, o fumo, as bebidas alcoólicas e o excesso de sol foram corretamente associado ao aparecimento da doença. Segundo o diretor do Inca, Luiz Antônio Santini, a finalidade da pesquisa é orientar a estratégia de comunicação do Ministério da Saúde nas políticas de promoção e prevenção à doença.

Santini ressaltou que não se pode falar numa única causa para o câncer: "É uma doença multicausal", e que cada tipo da doença tem uma prognóstico e tratamento diferente. "O diagnóstico precoce pode curar completamente o câncer de mama e do colo de útero", exemplificou. Anualmente são descobertos 500 mil novos casos de câncer no país, sendo que 60% deles são curados. "Não é uma doença incurável. A atitude deve ser de como evitar e, em tendo, buscar informações de como se tratar".

Informação

Temporão, que dirigiu o Inca entre setembro de 2003 e junho de 2005, disse estar surpreso com a desinformação de que o vírus HPV, adquirido pela via sexual, é o causador do câncer do colo do útero. "A informação é a arma mais importante contra a doença", disse ele, anunciando que o ministério fará uma campanha grande para comemorar o dia mundial de luta contra o tabagismo, no dia 31. O programa do Ministério da Saúde e do Inca contra o tabaco é considerado referência pela Organização Mundial de Saúde.