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Diretora da ONU diz que país trava luta 'épica' contra Aids

Fabiana Cimieri, do Rio

20/08/2007 18h55

A diretora da Organização Mundial de Saúde, Margareth Chan, afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro tem travado uma 'batalha épica' para dar à população acesso universal aos anti-retrovirais do coquetel contra a Aids.

Em palestra na Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, ela afirmou que "essa política serve de inspiração para outros países em desenvolvimento". Em maio, o governo anunciou a quebra de patente do Efavirenz, medicamento comercializado pela Merck, Sharp & Dome porque não concordou com o preço cobrado pelo laboratório norte-americano.

Chan declarou que "o Brasil é provavelmente mais conhecido por sua política inovadora de fornecer anti-retrovirais a pessoas que vivem con HIV/Aids. Esse é o melhor exemplo de acesso igualitário a cuidados essenciais. Eu sei que não tem sido uma conquista fácil. Tem sido uma batalha épica".

"Como muitos outros programas de saúde brasileiros, essa política de tratamento do HIV/Aids serve de inspiração para outros países do mundo desenvolvido", continuou ela.

A diretora da OMS também elogiou a parceria entre Brasil e Cuba para desenvolver e produzir 20 milhões de doses de vacina contra uma epidemia de meningite do tipo AC na África subsaariana. As previsões mais otimistas estimam que 80 mil pessoas seriam contaminadas em 2007 e 2008, e de 10% a 20% morreriam.