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Governo de SP vai ampliar lista de remédios gratuitos

Da Agência Estado<br>Em São Paulo

24/09/2007 11h13

O governo estadual inaugura nesta segunda-feira uma nova fábrica no complexo industrial da Fundação de Remédio Popular (Furp), a fábrica de remédios do governo paulista, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A iniciativa faz parte de um pacote de medidas para aumentar o número de medicamentos distribuídos gratuitamente aos municípios do Estado. Atualmente, a lista tem 37 itens (como antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios) e deve passar agora para 67, incluindo psicotrópicos e anticoncepcionais. Em 2008, o programa deve chegar a 75 tipos de remédios.

A previsão é de que R$ 5 bilhões sejam investidos até 2010. Com isso, o Dose Certa - programa inaugurado em 1995 pelo então governador Mário Covas - passa a se chamar Farmácia Paulista. "Descobrimos que existe uma rede de drogarias no Ceará com o mesmo nome, anterior ao nosso", justifica o secretário de Estado da Saúde, Luis Roberto Barradas Barata.

A nova fábrica aumentará em 1 bilhão de unidades farmacêuticas (comprimidos, ampolas e pílulas, por exemplo) a capacidade de produção anual da Furp. Em 2006, foram 1,9 bilhão de unidades enviadas aos municípios. O investimento na construção da fábrica foi de cerca de R$ 40 milhões. Dos R$ 5 bilhões previstos até 2010, R$ 1,2 bilhão devem ser empregados até o final deste ano.

O programa prevê ainda outras mudanças, como o aumento de 50% no acesso a medicamentos destinados a 388 municípios paulistas com alto índice de vulnerabilidade social. São cidades com menos de 30 mil habitantes e economia predominantemente agrícola. O acesso a medicamentos de uso excepcional de alto custo também deve crescer. Hoje, são 300 tipos de remédios para pacientes crônicos com doenças como câncer, hepatite ou transplantados. Fazem parte dessa lista cerca de 300 mil pessoas - 20 mil via ações judiciais. Esses remédios, protegidos por patentes, continuarão a ser comprados pela Secretaria Estadual da Saúde. Em outubro, cerca de 11 mil pacientes na cidade de São Paulo começam a receber esses medicamentos em casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo