Topo

Professores têm dificuldade em diagnosticar a dislexia

Da Agência Estado

11/10/2007 11h03

São Paulo - A dislexia afeta, hoje, até 17% dos brasileiros. De acordo com especialistas, não se trata de uma doença, mas sim um distúrbio do desenvolvimento da linguagem, o que pode gerar atraso na aprendizagem da leitura e escrita da criança. No entanto, professores e até pais de alunos apontam que as escolas, sejam públicas ou privadas, ainda encontram sérias dificuldades em diagnosticar o distúrbio nos alunos.

A professora da rede municipal Regina Martins explica que os sintomas da dislexia podem ser facilmente confundidos com outros distúrbios. "Na prática, é muito difícil para os docentes identificarem, pois, além deles não receberem capacitação, a dislexia é um distúrbio cujo diagnóstico tem de ser feito por especialistas, como fonoaudiólogos e psicopedagogos."

O sistema de progressão continuada - que não reprova os alunos até o término de um ciclo de quatro anos - é apontado por Regina com um agravante ao problema. "Como o diagnóstico é difícil, alunos acabam sendo aprovados e chegam à 5ª série com problemas mais graves, pois a dislexia, quando não cuidada, acaba gerando outras dificuldades de aprendizagem."

A Associação Brasileira de Dislexia (ADB) dá atendimento gratuito à população de baixa renda e oferece dicas e indica especialista por meio do site www.dislexia.org. As informações são do Jornal da Tarde

AE