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Deputada quer banir gordura trans das escolas de SP

Da Agência Estado<br>Em São Paulo

30/11/2007 10h56

A deputada estadual Patrícia Lima (PR) quer proibir a venda de alimentos com gordura trans e excesso de calorias nas cantinas das escolas públicas e privadas. O objetivo do projeto de lei publicado na quarta-feira é afastar as crianças do risco da obesidade causada por maus hábitos alimentares.

Patrícia acredita na necessidade da proibição para que as crianças desenvolveram o hábito que comer alimentos mais saudáveis, pois os pequenos tendem as escolher alimentos pouco nutritivos - como salgadinhos e refrigerantes - quando essas opções estão disponíveis.

Para a nutricionista Martha Paschoa, essa lei é positiva para chamar atenção para o problema, mas não é suficiente. "Tem de haver um projeto de educação nutricional nas escolas, para que a criança aprenda a optar pelo que é mais saudável." Ela acredita que proibição não ensina a criança a escolher e ainda desperta o interesse por aquilo que é proibido.

Em 2005, a Secretaria de Estado da Educação publicou uma portaria instituindo normas para o funcionamento das cantinas escolares no Estado de São Paulo. Nela está prescrito que as cantinas estão "expressamente proibidas" de vender produtos que possam ocasionar obesidade e problemas de saúde em geral. A portaria não descreve que alimentos são esses, mas faz recomendações sobre que produtos devem ser vendidos nas escolas: frutas, legumes, verduras , salgados assados, sucos e produtos lácteos estão na lista. Salgadinhos, frituras e refrigerantes, não.

Mas a lei parece estar só no papel para boa parte das escolas paulistas. Martha contou ter visitado nessa semana uma escola da capital paulista com 1.500 alunos. Ela constatou que na cantina só havia alimentos como pizza, pastel e salgadinhos de pacote. "Não consegui montar uma refeição equilibrada com os produtos daquela cantina."

Martha estima que atualmente a obesidade atinge cerca de 15% das crianças do Brasil. A obesidade na infância aumenta muito a chance de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, além de acarretar problemas psicológicos. As informações são do Jornal da Tarde

AE