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Anvisa estende interdição do anticoncepcional Contracep

Da Agência Estado<br>Em São Paulo

12/12/2007 10h20

Depois de atestar falhas na produção do anticoncepcional injetável Contracep, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prorrogou a interdição do medicamento por prazo indeterminado, "até que as investigações terminem". A agência também vai abrir um processo investigativo contra o laboratório fabricante do produto, a EMS Sigma Pharma. Se as infrações sanitárias forem comprovadas, a empresa estará sujeita à multa que pode chegar a R$ 1,5 milhão.

O anticoncepcional foi interditado no dia 9 de novembro, quando análises do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo apontaram falhas na dosagem hormonal em três lotes do produto, o que colocava em risco a proteção contra a gravidez. O governo federal estendeu a interdição para todo Brasil no dia seguinte, por período cautelar de 30 dias, prazo que venceu ontem.

A nova interdição deve ser publicada hoje no Diário Oficial da União. Enquanto a portaria estiver em vigor, o Contracep está proibido de ser comercializado em todas as farmácia do País e também não pode ser distribuído gratuitamente em postos de saúde. O anúncio da restrição foi feito ontem pela Anvisa. A reportagem do Jornal da Tarde não encontrou nenhum representante da EMS para comentar a decisão.

Desde que o produto foi interditado, pelo menos cinco mulheres usuárias do medicamento comunicaram estar grávidas. Entretanto, a primeira notificação de gravidez por suposta falha do Contracep foi recebida há mais tempo pela Anvisa, em 2005, mas nenhuma providência foi tomada. As informações são do Jornal da Tarde

AE