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Levantamento da Cremesp indica baixo número de geriatras

13/02/2008 10h08

São Paulo - O levantamento Especialidades Médicas no Estado de São Paulo, feito pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp), mostra que há uma diferença grande entre as áreas no que se refere ao número de profissionais. A disparidade fica clara, por exemplo, se forem comparadas as especialidades de pediatria e geriatria e gerontologia. Apesar de a taxa de natalidade estar caindo e a de envelhecimento subindo, a primeira tem 6.314 profissionais registrados no Estado (11,7% do total), enquanto a outra tem apenas 116 médicos especializados (0,2%).

Se for levada em conta a demanda por esses especialistas, o contraste se mantém. Em média, há 64,2 pediatras para cada 100 mil crianças de 0 a 14 anos no Estado. E apenas 2,8 geriatras para cada 100 mil pessoas com mais de 60 anos.

O presidente da seccional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Toshio Shiba, credita o baixo número de profissionais ao fato de existirem poucas vagas de residência nessa área. Segundo Shiba, outro motivo é que essa especialidade é relativamente recente - começou no fim da década de 1970. "O País não percebe que a gente está envelhecendo e não está se preparando para cuidar dos idosos", afirma. "Existe muita procura por parte dos recém-formados, mas não há infra-estrutura nem vagas para atender." As informações são do Jornal da Tarde

AE

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