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Ibope: a maioria dos paulistanos tem filhos sem planejar

Da Agência EStado<br>Em São Paulo

19/02/2008 09h59

Pesquisa do Ibope realizada com 900 pessoas maiores de 16 anos, em nova hospitais estaduais na cidade de São Paulo, revela que 96% dos entrevistados são a favor dos métodos de planejamento familiar. Mesmo assim, 43% dos que tiveram filhos afirmam que foi planejado. A maioria dos paulistanos teve filhos sem planejamento familiar.

A preocupação em evitar uma gravidez indesejada, quando existe, também parece ser parcial. O levantamento do Ibope mostra que em 13% dos casos o planejamento valeu apenas para o primeiro filho. Os demais "aconteceram". A frase é comum entre as pessoas que freqüentam as palestras do grupo de planejamento familiar no ambulatório do Hospital Maternidade Interlagos, da Secretaria de Estado da Saúde, na zona sul da capital.

Quanto aos métodos anticoncepcionais utilizados, segundo o levantamento, apenas 46% dos entrevistados haviam usado camisinha nos 12 meses anteriores e 31% tomaram pílulas anticoncepcionais. A injeção anticoncepcional foi realidade no último ano para 13% das mulheres, e a pílula do dia seguinte, para 7%. Outros 7% disseram ter feito uso da tabelinha nos últimos 12 meses, e 3% utilizaram o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Somente 19% fizeram cirurgia de esterilização, dos quais a maioria mulheres - 14%.

Adaptação

Para a coordenadora de planejamento familiar da secretaria estadual, Tânia Lago, um dos principais problemas que essas pessoas enfrentam é a descontinuidade no uso dos métodos. "Fazer a anticoncepção continuamente envolve problemas como a falta de adaptação", diz. O resultado é a interrupção de uso. O problema, segundo ela, pode ser ainda maior , pois "as pessoas com menor escolaridade são ainda mais difíceis de serem encontradas dentro da rede pública, onde a pesquisa foi realizada", afirma. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.