Topo

Médicos do Reino Unido liberam taça de vinho para grávidas

31/03/2008 09h20

São Paulo - O conhecimento popular diz que um pouquinho de álcool na gravidez não faz mal algum à mãe ou ao feto. E ele pode estar de acordo com as recomendações médicas. Um novo conselho dado pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (Nice), do Reino Unido, sugere que as mulheres podem, sim, experimentar uma bebidinha após o terceiro mês de gravidez. No entanto, não mais do que uma tacinha de vinho uma ou duas vezes por semana.

No ano passado, o mesmo instituto havia sugerido que as grávidas poderiam beber todos os dias, conselho que contradisse uma mensagem de abstinência que estava sendo divulgada pelo Departamento de Saúde.

Segundo as diretrizes do Nice, mulheres grávidas devem ser advertidas para evitar bebidas alcoólicas durante os primeiros meses de gravidez, porque pode haver um risco maior de aborto. Mulheres que planejam engravidar também deveriam parar de beber.

Caso elas escolham beber álcool durante a gravidez, não devem ingerir mais do que uma a duas unidades de uma a duas vezes por semana - isto equivale a uma pequena taça de vinho ou a um copo de cerveja. A quantidade de álcool que pode ser bebida com segurança na gravidez é incerta, mas nesses níveis não há evidência de que causem riscos ao bebê.

Além disso, as mulheres deveriam ser advertidas a não ficarem bêbadas ou beberem mais do que 7,5 unidades de álcool em uma ocasião, pois isto pode causar danos ao feto. "A mulher também precisa estar atenta ao tipo de álcool que é consumido. Bebidas destiladas, como a pinga, têm maior concentração de álcool", diz o ginecologista e obstetra do Hospital Nove de Julho e da Maternidade Pró Matre Paulista José Domingos Borges. A recomendação de Borges é a mesma do Nice: no máximo duas unidades pequenas por semana, após o terceiro mês de gravidez. As informações são do Jornal da Tarde

AE

AE