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Impacto do fumo na carga de doenças chega a 7%, avalia Fiocruz

25/06/2008 15h40

São Paulo - Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avaliou que 7% do impacto na qualidade de vida na população por causa de doenças é atribuível ao hábito de fumar, informou Agência Fapesp. A pesquisa, realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz e publicado na revista Clinics aplicou um indicador que mede simultaneamente mortalidade e morbidade, o Disability-Adjusted Life Years (Daly). Entre a população com mais de 30 anos, segundo a Agência Fapesp, a proporção de Daly atribuível ao tabaco é maior que 13% em homens e 7% em mulheres.

O trabalho foi feito para estimar a carga de doença atribuível ao tabaco no Rio de Janeiro em 2000, segundo os pesquisadores. A partir dos resultados é possível melhor dirigir as políticas públicas e iniciativas contra o tabagismo. Isso porque o índice Daly não envolve apenas as informações sobre mortalidade, mas também avalia a gravidade de doenças incapacitantes, mas não letais, relacionadas ao tabagismo.

"A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a doença isquêmica do coração, a doença cerebrovascular e o câncer de traquéia, brônquios e pulmões foram responsáveis por, respectivamente, 32,2%, 15,7%, 13,2% e 11,1% do total estimado de Daly, totalizando 72,2% da carga de doença atribuível ao fumo", afirmou à Agência Fapesp Andreia Ferreira Oliveira, uma das autoras do artigo.

Apesar de focado no Rio de Janeiro, o padrão avaliado pelo estudo se repete na região Sudeste, entre 1998 e 2000.

AE

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