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Campanha contra dengue em SP inclui alerta pelo celular

03/07/2008 09h45

São Paulo - Os celulares foram escolhidos como aliados do combate à dengue. Até o final do mês, 4 milhões de paulistas vão receber torpedos que ensinam a prevenir os criadouros do mosquito Aedes aegypti. A medida é uma parte do plano de inverno contra a doença, anunciado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde. Para receber as ações, 55 municípios são considerados prioritários, entre eles a capital paulista, por terem registrado alta incidência de casos e mortes nos últimos oito anos.

A mensagem "Faça sua parte. Evite acumular água em pneus, garrafas e vasos. Juntos vamos acabar com a dengue", deve chegar aos usuários de aparelhos móveis a qualquer hora do dia. Além dos telefones, o pacote contempla a contratação de mais 1,1 mil agentes para as equipes antidengue, a padronização do diagnóstico para as vítimas do Aedes e reforço da ação de contingência nas cidades eleitas como urgentes.

Os critérios de seleção dos municípios foram: população maior de 50 mil pessoas e acúmulo de registros de dengue entre os anos 2000 e 2007, que resulta em coeficiente de 300 casos por 1.000 habitantes, índice já de epidemia. "Estas cidades precisam ter cuidado redobrado. São pólos comerciais, de turismo e educacional. É uma estratégia monitorá-las para coibir a infestação", diz o superintendente estadual de controle de endemias, Affonso Viviani, ao ressaltar que as 55 prefeituras foram convocadas a apresentar plano de ação até o final do mês.

Apesar da dengue ser uma doença típica do verão, a ofensiva é lançada agora no período de inverno. No ano passado, o Estado e a capital paulista enfrentaram explosão de dengue. As 82 mil confirmações estaduais e as 2.800 municipais representaram recordes históricos. A tendência agora é de queda. Os 6. 370 casos no Estado e os 188 na cidade representam baixa de 92%. Ainda assim, levantamento feito pela Prefeitura já deu o sinal de alerta. A doença está em 29 das 31 subprefeituras. Foi identificado que 80% dos criadouros estão dentro das casas, especialmente nos vasos de plantas, o que para a coordenadora municipal da área, Bronislawa de Castro, reforça a importância de continuar as medidas preventivas. As informações são do Jornal da Tarde.

AE

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