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Casarão histórico em SP volta a ser posto para portadores de DST

25/08/2008 10h00

São Paulo - De 1980 até hoje, foram registrados 67,7 mil casos de aids em São Paulo. Só no ano passado, foram 1 693. Há uma semana, um prédio histórico na Alameda Cleveland, no bairro dos Campos Elísios, região central de São Paulo, voltou a funcionar como posto de atendimento especial a portadores de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

O casarão, de 1.175 metros quadrados, foi construído em 1922 para prestar serviços de assistência médica aos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana. Desde 1996 abrigava um serviço de atendimento a soropositivos mantido pela Secretaria Municipal de Saúde.

Tudo ia bem até janeiro de 2004, quando o imóvel foi fechado por causa de problemas estruturais. E assim ficou até o ano passado. De novembro para cá, graças a investimentos de R$ 4 milhões do Hospital Sírio-Libanês, passou por uma restauração total.

O prédio, em estilo neocolonial, é tombado tanto pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) quanto pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Por isso, toda a obra foi cercada de cuidados especiais.

localização

No período em que o casarão ficou fechado, o atendimento dos cerca de 2,7 mil pacientes cadastrados foi deslocado para um endereço nas proximidades, na Rua Albuquerque Lins. "Não era a mesma coisa, pois o local já tinha uma identidade forte com os usuários", diz a psicóloga Maria Cristina Abbate, que desde 2003 coordena o Programa Municipal de DST/Aids. Por causa da localização geográfica, lá é onde mais se atende moradores de rua, travestis e prostitutas.

O trabalho da Prefeitura de São Paulo para atendimento a soropositivos e prevenção da aids existe há 25 anos. Atualmente há 24 postos como o da Alameda Cleveland em funcionamento. "Fazemos diagnósticos, trabalhos de prevenção e distribuímos camisinhas", diz Maria Cristina. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

AE