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Disfunção sexual e urinária atinge mais da metade dos idosos

08/09/2008 16h12

São Paulo - Pesquisa com 742 idosos em Campinas (SP) indicou que mais de 50% dos homens e mais de 70% das mulheres acima dos 60 anos têm alguma forma de disfunção sexual passível de tratamento ou algum problema urinário. O estudo foi apresentado pelo médico Lísias Nogueira Castilho, chefe do Serviço de Urologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp), durante o X Congresso Paulista de Urologia, em São Paulo, no dia 6 de setembro.

Segundo o levantamento, os homens sofrem predominantemente de disfunção erétil e ejaculação precoce. Mais da metade deles tem redução do desejo (libido) e mais de um terço não consegue ter ereção suficiente para penetração, o que caracteriza disfunção erétil severa. Cerca de um terço dos homens sexualmente ativos reclama de ejaculação precoce, segundo a assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Urologia - Secção São Paulo, que promoveu o congresso. Castilho explicou que homens sadios podem ter ereções até o fim da vida, mas doenças como diabete, arteriosclerose e hipertensão comprometem a atividade sexual.

No caso das mulheres, 77,8% que não têm vida sexual ativa gostaria de permanecer sem sexo. As reclamações incluem falta de desejo e prazer e dor durante o ato sexual. Entre os homens, 60,5% admitem precisar de tratamento para melhorar seu desempenho sexual.

Em outro levantamento, os pesquisadores apontaram que 17,4% das pessoas ambos os sexos com 60 anos ou mais usam fralda ou forro com regularidade por sofrerem de perda urinária involuntária. Essa disfunção pode ser tratada, segundo Castilho, com remédios ou também com procedimento cirúrgico (esfíncter artificial), que custa mais de R$ 35 mil.

AE