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Música pode diminuir depressão em pacientes com Alzheimer

11/09/2008 16h20

São Paulo - Ouvir música pode contribuir no tratamento de dores crônicas que acometem pacientes nas fases mais avançadas do Alzheimer. A comprovação veio de pesquisa realizada pela Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, e divulgada pelo Journal of Advanced Nursing. O mal de Alzheimer atinge cerca de 25 milhões de idosos em todo o mudo. Com a música, os cientistas perceberam que o índice de depressão em conseqüência da dor crônica entre os 60 voluntários que participaram do estudo diminuiu 25%.

"Os elementos da música como som, ritmo, melodia e harmonia auxiliam os velhinhos a melhorar o seu quadro clínico e prevenir o agravamento de algumas patologias. Além disso, essa atividade tem o intuito de aumentar a disposição física e mental do idoso, integrá-los com as pessoas que estão no ambiente em que passam a maior parte do dia e, conseqüentemente, melhorar sua qualidade de vida", afirma Carolina Hipólito, musicoterapeuta do centro-dia Espaço Senior, por meio de sua assessoria.

A musicoterapia é um tratamento para melhorar e promover comunicação, aprendizagem, expressão e bem-estar usando a música. Carolina indica que idosos com Alzheimer podem retardar a demência quando fazem esse tipo de tratamento. Ela explica que é possível inclusive estabilizar o quadro clínico, pois a musicoterapia lida com cada idoso individualmente, ainda assim trabalhando seu desenvolvimento em grupo.

Além do uso da música, é possível avaliar as atividades que o paciente pode realizar pela terapia ocupacional, e assim ajudá-lo a se readaptar ao ambiente, na realização de tarefas rotineiras, como cozinhar, tomar banho, passear, entre outras coisas.

A combinação do tratamento de musicoterapia com terapia ocupacional pode diminuir a ansiedade, complicações cardíacas, aumentar a disposição física e mental, melhorar a resistência física, estimular bom humor e melhorar a concentração nas atividades intelectuais, segundo especialistas do Espaço Senior, em São Paulo.

AE