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Escolaridade, renda e região influem no aleitamento, aponta pesquisa

08/01/2009 14h00

São Paulo - Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) mapeou a situação do aleitamento materno no País para verificar os fatores que influenciam na amamentação de crianças menores de um ano de idade. Presença de outras crianças menores de cinco anos na família, número de moradores no domicílio, escolaridade das mães, renda da família, uso de creches, idade e cor de pele das mães influem diretamente na amamentação, segundo as informações da agência USP de Notícias.

A nutricionista Daniela Wenzel, autora do estudo, usou dados de 2002 e 2003 do banco de Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mostraram ainda como esses fatores interferem no aleitamento nas cinco regiões brasileiras.

Segundo Daniela, a presença de crianças menores de cinco anos na família influencia positivamente no aleitamento enquanto que um maior número de moradores em um mesmo domicílio interfere negativamente na amamentação. O uso de creches e mães com mais de 30 anos também são fatores que interferem negativamente no aleitamento.

Diferenças étnicas, questões sociais e regionais também influem diretamente na amamentação. As mães brancas amamentam menos, mas a autora afirma que os dados são insuficientes para explicar os motivos. Já as mulheres mais escolarizadas e de famílias com maiores rendas amamentam mais na faixa etária de 0 a 6 meses. Até um ano de idade, o aleitamento materno também é maior na região Norte e em áreas rurais.

AE