Nasce bebê 'à prova de câncer' na Grã-Bretanha
Pesquisadores da University College London (UCL), na Grã-Bretanha, anunciaram o nascimento do primeiro bebê concebido de forma a evitar pré-disposição a determinados tipos de câncer.
A recém-nascida britânica se desenvolveu a partir de um embrião selecionado por cientistas por não conter o gene BRCA1, que aumenta em 80% a probabilidade de surgimento de câncer de mama e em 60% o de câncer ovariano.
Além disso, 50% dos portadores do gene o passam aos filhos.
De acordo com os médicos, o experimento abre caminho para a erradicação deste tipo genético de câncer.
"Essa menininha não vai enfrentar o fantasma do desenvolvimento desta forma genética de câncer de mama ou de ovário na sua vida adulta", afirmou o médico da UCL Paul Serhal, que liderou a equipe.
"Os pais dela foram poupados do risco de ter passado essa doença à filha. O legado duradouro é a erradicação da transmissão dessa forma de câncer."O tratamento está sendo oferecido experimentalmente apenas a famílias que tem históricos graves da doença - com mortes prematuras de parentes por incidência de cânceres de mama e ovariano.
Testes em embriõesA técnica, batizada de Diagnose com Pré-implantação Genética (PGD, na sigla em inglês) consiste em fertilizações in vitro de diversos embriões que são então testados para a presença de determinados genes.
A partir de informações extraídas de células retiradas dos embriões, a PGD é capaz de detectar a probabilidade de incidência de determinadas doenças. Uma das vantagens da técnica, de acordo com a equipe da UCL, é que ela evita o dilema moral e as conseqüências físicas e emocionais de um aborto. O grupo de médicos que participa do programa de PGD afirma ter aplicado a técnica em pacientes com câncer de intestino, retina e outras variantes da doença.
Os principais jornais britânicos destacaram a descoberta neste sábado, mas trazem algumas críticas à técnica.
"(A descoberta) levantou novas questões sobre a ética de criar os chamados bebês sob encomenda", afirma a reportagem publicada por The Guardian neste sábado.
O tradicional diário The Times dedicou a capa deste sábado ao assunto e traz uma análise que afirma que a PGD é "potencialmente arriscada e emocionalmente exaustiva", já que estatisticamente apenas um em cada quatro embriões concebidos por portadores do gene defeituoso serão saudáveis.
"Posto de forma mais contundente, três em quatro tentativas vão resultar em fracassos", afirma a comentarista do Times Vivienne Parry.
A recém-nascida britânica se desenvolveu a partir de um embrião selecionado por cientistas por não conter o gene BRCA1, que aumenta em 80% a probabilidade de surgimento de câncer de mama e em 60% o de câncer ovariano.
Além disso, 50% dos portadores do gene o passam aos filhos.
De acordo com os médicos, o experimento abre caminho para a erradicação deste tipo genético de câncer.
"Essa menininha não vai enfrentar o fantasma do desenvolvimento desta forma genética de câncer de mama ou de ovário na sua vida adulta", afirmou o médico da UCL Paul Serhal, que liderou a equipe.
"Os pais dela foram poupados do risco de ter passado essa doença à filha. O legado duradouro é a erradicação da transmissão dessa forma de câncer."O tratamento está sendo oferecido experimentalmente apenas a famílias que tem históricos graves da doença - com mortes prematuras de parentes por incidência de cânceres de mama e ovariano.
Testes em embriõesA técnica, batizada de Diagnose com Pré-implantação Genética (PGD, na sigla em inglês) consiste em fertilizações in vitro de diversos embriões que são então testados para a presença de determinados genes.
A partir de informações extraídas de células retiradas dos embriões, a PGD é capaz de detectar a probabilidade de incidência de determinadas doenças. Uma das vantagens da técnica, de acordo com a equipe da UCL, é que ela evita o dilema moral e as conseqüências físicas e emocionais de um aborto. O grupo de médicos que participa do programa de PGD afirma ter aplicado a técnica em pacientes com câncer de intestino, retina e outras variantes da doença.
Os principais jornais britânicos destacaram a descoberta neste sábado, mas trazem algumas críticas à técnica.
"(A descoberta) levantou novas questões sobre a ética de criar os chamados bebês sob encomenda", afirma a reportagem publicada por The Guardian neste sábado.
O tradicional diário The Times dedicou a capa deste sábado ao assunto e traz uma análise que afirma que a PGD é "potencialmente arriscada e emocionalmente exaustiva", já que estatisticamente apenas um em cada quatro embriões concebidos por portadores do gene defeituoso serão saudáveis.
"Posto de forma mais contundente, três em quatro tentativas vão resultar em fracassos", afirma a comentarista do Times Vivienne Parry.
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