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Anvisa prevê recorde de novos genéricos este ano no País

27/01/2009 09h30

São Paulo - Balanço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que as pesquisas sobre novos medicamentos genéricos ganharam fôlego no ano passado e impulsionaram a oferta de produtos do tipo no País. Até o dia 12 de janeiro, três novos remédios, em média, foram registrados por dia. Ao todo, 37 novas drogas terapêuticas mais baratas para tratar uma série de problemas, como infecções, dor, febre, entraram no mercado.

A série histórica mostra que, no geral, até o ano passado eram 25 novos genéricos registrados por mês. O atual recorde mensal é de 2005, com 38 notificações. O aumento conquistado em 2009 é creditado à implantação do Sistema de Informações de Estudos de Equivalência Farmacêutica e Bioequivalência (Sineb), que alinhou as pesquisas, passo inicial do novo registro.

"Há um indicativo, com base nos últimos meses de 2008, que vamos passar das atuais 17 pesquisas concluídas por mês para 30", afirmou Rodrigo Cristofoletti, coordenador de um dos centros de bioequivalência da Anvisa, antes do novo balanço ser publicado. Cada estudo tem duração de seis meses e pode ou não resultar em uma nova droga.

Mercado

Devido ao ritmo acelerado de estudos científicos de genéricos de todas as classes terapêuticas, a Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisas Clínicas (SBPPC) estima que, em breve, o País alcançará o patamar de 30% do mercado destinado aos genéricos, marca vista apenas em países desenvolvidos como a Alemanha.

"Atualmente, 20% do mercado de vendas nacionais é de genérico. O cenário indica que vamos avançar ainda mais com as pesquisas já em andamento", afirmou a médica infectologista e presidente da sociedade Conceição Accetturi. Hoje o principal tipo existente de genéricos são para tratar infecções, que respondem por 33,2% dos remédios disponíveis. "Primeiro, nós produzimos genéricos simples. Depois, em 2005, antidepressivos. Agora estamos aptos para fazer mais genéricos hormonais", completou Conceição. As informações são do Jornal da Tarde.

AE