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Forças Armadas irão ajudar no combate à dengue na BA

Da Agência Estado<br>Em Brasília

12/03/2009 19h18

Vinte médicos e 20 enfermeiros das Forças Armadas serão destacados para trabalhar no atendimento de pacientes com dengue na Bahia, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Desde o início do ano, 11.570 casos da doença foram notificados, um índice 248% maior do que o registrado em 2008. Por causa da explosão de casos, o governo da Bahia decretou na última sexta-feira estado de emergência em 7 cidades.

O Estado do Espírito Santo notificou 10.372 casos de dengue entre 4 de janeiro e 1º de março de 2009, que corresponde à nona semana epidemiológica deste ano. Entre 22 de fevereiro e 1º de março, o Estado contabilizou 737 casos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Os municípios com maior número de notificações são Nova Venécia (1.646 casos), Vila Velha (1.161), Vitória (1.074), Serra (1.053) e Baixo Guandu (982). Ainda conforme a Sesa, uma pessoa morreu em consequência de dengue hemorrágica no município de Serra no último dia 28. Outros seis casos suspeitos estão sob investigação - três em Vila Velha, dois em Cariacica e um Santa Maria de Jetibá. Um outro caso suspeito em Vila Velha foi descartado.
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Com aumento do movimento, longas filas são encontradas nos postos de atendimento. Temporão avalia que, por enquanto, não é necessária a instalação de postos de campanha, como ocorreu no Rio na epidemia de dengue de 2008. Mas não descartou essa possibilidade. "Agora o ideal é estabelecer postos de hidratação", afirmou o ministro, logo depois de participar do lançamento da Caravana Nacional Todos em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Promovida pelo Conselho Nacional de Saúde, a ação vai debater pelo país temas como a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que fixa o piso de gastos públicos de saúde.

Temporão observou que a explosão de casos da doença registrada em seis Estados do país, revelada no primeiro boletim de dengue deste ano, não surpreende. As cidades sob risco, disse, já haviam sido alertadas sobre a necessidade de se combater focos do mosquito transmissor da doença. "Houve descontinuidade nas ações de prevenção", disse o ministro.
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