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Hong Kong libera 300 pessoas de quarentena em hotel

08/05/2009 14h22

Cerca de 300 hóspedes e funcionários de um hotel em Hong Kong foram liberados depois de passar uma semana em quarentena devido ao temor de um surto de gripe suína.

Todos passaram por exames antes de receberem permissão para deixar o hotel. As ruas em volta foram bloqueadas para permitir que eles saíssem sem passar pelos jornalistas que se aglomeravam na porta.

Os hóspedes do Metropark Hotel foram colocados em isolamento depois que um turista mexicano, que tinha o vírus, ficou no hotel.

Autoridades de Hong Kong pediram desculpas aos hóspedes e funcionários pela quarentena, argumentando que o isolamento foi determinado em nome do interesse público.

"Creio que todos sentem ... que Hong Kong passou pelo primeiro teste e todos podemos respirar aliviados agora", disse o ministro da Saúde York Chow.

"Fomos bem sucedidos em nosso esforço para evitar a contaminação pelo vírus, mas isto não significa que podemos baixar a guarda", acrescentou.

As autoridades ofereceram aos hóspedes do hotel duas noites de graça em outro hotel de luxo de Hong Kong para compensar pela semana passada em isolamento.

Sars O turista mexicano que causou a quarentena está internado em um hospital de Hong Kong e sua condição é estável. Ainda não se sabe quando ele deve ser liberado. Críticos afirmaram que a quarentena no Metropark Hotel foi uma reação exagerada, mas o governo tentou evitar a repetição da epidemia de Sars (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave), em 2003.

Naquela ocasião a doença matou 300 pessoas em Hong Kong e 800 no mundo todo, depois que um único portador espalhou a doença a partir de um hotel da cidade.

Nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que, até o momento, são 2384 casos confirmados de gripe suína, ou influenza A (H1N1), em 24 países.

De acordo com a organização quase metade de todos os casos ocorreram no México, onde o número de mortes confirmadas é de 42. Outras duas pessoas morreram nos Estados Unidos.

A OMS não recomendou restrições de viagens relacionadas aos casos da doença. Falando em Bangcoc, Tailândia, a diretora da OMS Margaret Chan afirmou que o "mundo está mais preparado do que em qualquer outro momento da história para uma pandemia de gripe".