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EUA teriam um milhão de casos de gripe suína

27/06/2009 11h11

Autoridades de saúde dos Estados Unidos estimam que pelo menos um milhão de americanos foram infectados com o vírus da gripe suína.

O número divulgado neste sábado é bem maior do que os casos que foram reportados para as autoridades.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) disse que muitos dos casos são leves, apesar de 127 pessoas terem morrido.

O centro baseia sua estimativa em pesquisas, ao invés de resultados de exames de laboratórios.

"Nós estamos dizendo que houve pelo menos um milhão de casos do novo vírus H1N1 até agora neste ano nos Estados Unidos", disse Anne Schuchat, do CDC. "Os casos reportados são apenas a ponta do iceberg."
Caso seja correto, o número sugere que o índice de mortalidade pela doença é menor do que se pensava.

Schuchat alerta, no entanto, que a gripe suína pode ser mais contagiosa do que a gripe comum e que o vírus pode voltar com uma variante mais forte no outono do hemisfério norte.

De acordo com o CDC, há 27.717 casos prováveis ou confirmados, com três mil pessoas tendo sido hospitalizadas.

A média de idade das 127 vítimas fatais no país é de 37 anos.

O vírus da gripe suína continua afetando principalmente pessoas com menos de 50 anos, e os pacientes com problemas como asma e diabetes são os mais vulneráveis à doença.

As autoridades do CDC e da Organização Mundial da Saúde (OMS) estão monitorando a disseminação da doença no hemisfério sul, em particular na Argentina, Chile e Austrália, para avaliar como o vírus se espalha durante os meses de inverno.

O ministério da Saúde da Argentina registrou 26 mortes atribuídas à gripe suína, e 1.587 casos da doença.

Autoridades estão orientando as pessoas a deixarem espaços entre si nas filas para a votação nas eleições legislativas argentinas, neste domingo.

No Chile, foram registrados 6.211 casos, com 12 mortes.

Já na Austrália, o número de mortes pela gripe suína é de cinco, com 3.677 casos.

O vírus da gripe suína apareceu pela primeira vez em abril, no México, onde 116 pessoas morreram e 8.279 casos foram registrados.

No dia 11 de junho, a OMS declarou uma pandemia da doença.

Segundo a organização, já foram registrados quase 60 mil casos em 100 países, com 263 mortes.