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Britânica que deu à luz antes de morrer foi vítima de gripe suína

17/07/2009 18h54

Uma mulher de 39 anos que deu à luz pouco antes de morrer foi uma das mais recentes vítimas da gripe suína na Grã-Bretanha. A vítima fatal, cuja identidade não foi revelada, morreu em um hospital londrino no último dia 13 de julho, segundo informações divulgadas nesta semana. Um bebê com menos de seis meses também esteve entre os mortos pela gripe suína recentemente. O país registrou um surto de infecções de gripe suína nos últimos dias, com cerca de 55 mil casos registrados somente na semana passada. Representantes de associações médicas da Grã-Bretanha vêm criticando o governo por não ter feito o suficiente em evitar que a população fique alarmada. Segundo Laurence Buckman, o presidente da Associação Médica Britânica, ''o problema é que há 60 milhões de pessoas que estão petrificadas de medo. É claro que existe um risco, mas para a maior parte das pessoas, o medo está superando a realidade'' sem razão de ser. Buckman afirmou que a gripe suína é, em grande parte, uma doença ruim, mas de gravidade média, mas que, ainda assim, muitos estão entrando em pânico e correndo aos consultórios médicos. De acordo com o presidente da entidade médica, ''o índice de mortalidade é bastante similar ao de uma gripe sazonal, ainda que (a gripe suína) esteja atingindo grupos mais jovens. Para a maior parte das pessoas, será uma doença ruim, mas de gravidade média''. Buckman enfatizou que não está sugerindo que o governo não deva divulgar dados sobre a doença, mas que autoridades médicas devem frisar o caráter de gravidade médio da gripe suína. O presidente da entidade acrescentou ainda que a mídia deve lidar com informações sobre a doença de forma responsável. "Algumas manchetes de jornais não têm ajudado'', acrescentou. Mas um porta-voz do Departamento de Saúde disse que o governo tem reiterado por repetidas vezes que a doença é de caráter brando para muitas pessoas. O governo britânico criou recentemente o Serviço Nacional de Combate à Gripe Pandêmica, após pedidos por informações e consultas terem multiplicado em todo o país. No final da semana, serão criados serviços telefônicos e online, que poderão fornecer medicamentos contra a gripe, e prestar informações em tempo real. Entre os que sofrem maior risco de contrair a gripe suína estão pessoas com doenças pulmonares, doenças cardíacas, que sofrem de males dos rins, diabéticos, pacientes que tomam medicamentos contra asma, mulheres grávidas e crianças com menos de cinco anos.