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Médico que realizar vasectomia deverá ter habilitação para reverter o processo

Da Agência Estado<br>Em São Paulo

21/07/2009 11h30

O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu normas éticas para a cirurgia de esterilização masculina, conhecida como vasectomia. A resolução foi publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com a resolução 1.901, o médico que se propuser a realizar a cirurgia terá de estar habilitado para reverter o processo. O CFM fixou essa norma ao levar em conta o número de homens que se arrependem de ter realizado o procedimento e procuram ajuda para desfazer a cirurgia.

Segundo o médico Jorge Hallak, o período entre a vasectomia e o momento da reversão é um ponto crítico para o sucesso, pois quanto menor for este tempo maior a chance de retorno da fertilidade. "Nas reversões de até 3 anos após a vasectomia a chance de obter espermatozóides na ejaculação é de 97% e de gravidez 76%. Entre 3 e 8 anos de vasectomia as chances de gravidez são de 53%, entre 8 e 14 anos é de 44% e vasectomias de mais de 14 anos a chance diminui para 31%. Leia mais
TÉCNICA PARA REVERSÃO EVOLUIU, DIZ MÉDICO
Algumas regras já implementadas pela lei 9.263/96 - que trata do planejamento familiar - são reforçadas na resolução, como a garantia de tempo suficiente para que as pessoas tenham certeza sobre a decisão de realizar o procedimento. Segundo a norma, não poderá ser inferior a 60 dias o tempo entre a decisão e a esterilização. O desejo do paciente deverá estar registrado no prontuário, assim como cada passo do procedimento cirúrgico.

Solange Spigliatti

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