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Construção de hidrelétricas pode aumentar malária em RO, diz estudo

12/08/2009 13h00

São Paulo - A construção das usinas de Jirau e Santo Antonio, ambas ao longo do Rio Madeira, em Rondônia, podem aumentar o número de casos de malária nas duas áreas do Estado, caso as obras não sejam acompanhadas por melhorias nas condições de vida da população ribeirinha. O aviso foi publicado no periódico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chamado "Cadernos de Saúde Pública", por pesquisadores do Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais (Ipepatro), da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical, também de Rondônia. As informações são da Agência Fiocruz de Notícias.

De acordo com os pesquisadores, o aumento da área da lâmina d"água do Rio Madeira, resultado da construção das duas hidrelétricas, vai manter áreas permanentemente alagadas e propícias à proliferação do principal vetor da malária, o mosquito Anopheles darlingi. O estudo alerta para o fato de que nem em épocas de poucas chuvas o efeito será diferente, já que as áreas vão permanecer alagadas e estarão situadas sob a vegetação existente às margens do rio, proporcionando um ambiente natural para a procriação do vetor. Os pesquisadores informam ainda que em toda a região de influência das futuras usinas se observou a presença do mosquito.

AE