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Fisioterapia reduz incontinência urinária, mostra Unicamp

27/08/2009 15h40

São Paulo - Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) verificou que a fisioterapia pode contribuir para a redução da incontinência urinária em crianças. A enurese polissintomática (incontinência urinária) é apenas uma das disfunções miccionais em crianças, mas traz muita preocupação para os pais e incômodo para os pacientes. Ela atinge, em média, de 5% a 10% da população na faixa dos cinco e dez anos e é caracterizada por perdas involuntárias de urina durante o dia e a noite.

A pesquisa da fisioterapeuta Renata Martins Campos teve a participação de 47 crianças, atendidas no Ambulatório de Urologia-pediátrica do Hospital de Clínicas da Unicamp. Elas foram divididas em dois grupos. Um deles foi tratado com medicação, a oxibutinina, associada à terapia comportamental, que propõe uma mudança ou reeducação dos hábitos de ingestão de líquidos e miccionais para melhorar o funcionamento da bexiga. O outro grupo foi tratado com a terapia comportamental e um protocolo de cinco tipos de exercícios para reforço de músculos locais, como abdominais, adutores e glúteos. Foram três meses de acompanhamento semanais ou mensais de acordo com o grupo, e as crianças eram orientadas a repetirem em casa, duas vezes na semana.

O primeiro grupo, tratado com medicação, apresentou no primeiro mês 12 noites secas, no segundo, 13, e no terceiro, 16. Enquanto o segundo grupo alcançou o resultado de 15 noites secas no primeiro mês, 21 no segundo mês e, no terceiro, 24, o que demonstra mais eficácia da fisioterapia. A pesquisadora alerta que, quando o problema não é tratado a tempo e de maneira adequada, existe a perspectiva de a disfunção avançar para a fase da adolescência. "Este quadro leva o indivíduo a passar por várias situações de constrangimentos, entre as quais a cama molhada ao acordar e o odor muito forte liberado pela perda urinária", afirma Renata. As informações são do Jornal da Unicamp.

AE