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Escolaridade e raça influenciam sobrevida no câncer de mama, diz UFSC

03/09/2009 17h50

São Paulo - Um estudo feito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontou que características sociais, como escolaridade, estado civil e cor racial, têm influência no tempo de sobrevida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama. "As mulheres analfabetas, muitas vezes, não entendem a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico, ounão têm acesso a serviços de saúde tão eficientes, apontou Ione Joyce Ceola, autora da tese de mestrado, que analisou registros de cerca de mil mulheres.

A sobrevida estratificada por escolaridade indicou que mulheres com nível superior apresentaram melhor sobrevida (92,2%) nos cinco anos analisados pelo estudo, quando comparadas às mulheres com 2º grau (84%), 1º grau (73,6%) e analfabetas (56%). A variável "raça e cor" também foi significativa: a cor branca apresentou melhor sobrevida (76,9%) do que as cores negra, parda, amarela e indígena agrupadas (62,2%). Ainda de acordo com o trabalho, as mulheres que chegaram aos hospitais de referência com diagnóstico e tratamento anteriores tiveram melhor sobrevida do que as demais.

Segundo a pesquisa, anualmente, cerca de 1,1 milhão de mulheres têm diagnóstico de câncer de mama no mundo. No Brasil, estimativas apontam que ocorrerão cerca de 50 mil casos novos de câncer de mama em 2009, com um risco de aproximadamente 50 casos a cada 100 mil mulheres. "Uma das principais conclusões do estudo é mostrar a necessidade de conscientização das mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce e da busca pelos serviços de saúde periodicamente, e não só quando os sintomas da doença já estão avançados. Infelizmente, muitas mulheres ainda têm morrido por falta de informação", alertou Ione. As informações são da Agência Fapesp.

AE