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Número de diagnósticos de síndrome de Down cresce 71% na Inglaterra

28/10/2009 11h35

São Paulo - O número de diagnósticos de síndrome de Down cresceu 71% de 1989 a 2008 na Inglaterra e no País de Gales, segundo estudo publicado no "British Medical Journal" (BMJ). Um dos motivos apontados foi o aumento no número de mulheres mais velhas que decidem ter filhos - mulheres com mais de 40 anos possuem uma chance 16 vezes maior de ter uma criança com a doença do que mães com 25 anos. No mesmo período, o número de crianças vivas que nasceram com síndrome de Down caiu 1%, pois 92% das mães que optaram pelo exame pré-natal e diagnosticaram a doença realizaram aborto.

Segundo projeção dos autores da pesquisa, se não houvesse a alternativa da interrupção da gravidez, o número de crianças que nascem com síndrome de Down nos dois países teria crescido 48% no período, pois aumentou o número de mulheres que optam por atrasar a gravidez.

Em 2001, o Comitê Nacional de Monitoramento, no Reino Unido, determinou que todas as mulheres deveriam ser informadas sobre a disponibilidade de testes pré-natais para diagnóstico de síndrome de Down. A medida surtiu resultados.

O porcentual de mulheres com menos de 37 anos que decidiram realizar o teste pré-natal cresceu de 3% em 1989 para 43% em 2008. No entanto, nas mães com mais de 37 anos, a proporção se manteve constante em 70%, apesar de o risco ser maior nesta faixa etária e do aprimoramento dos testes.

Os autores concluem que, com o aumento no número de mulheres que têm filho mais tarde e a permanência de uma parcela considerável que opta por não realizar o diagnóstico pré-natal, "haverá ainda um grande número de nascidos vivos com a doença (no Reino Unido)". Por isso, "o monitoramento dos números de bebês nascidos com a síndrome é essencial para assegurar a correspondência adequada às suas necessidades." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE